CURIOSIDADES


Estrela cadente:
São fenômenos luminosos que ocorrem na atmosfera decorrentes do atrito e da vaporização dos meteoróides.
Como ocorrem as estrelas cadentes?

As estrelas cadentes são fenômenos luminosos que ocorrem na atmosfera, decorrentes do atrito e da vaporização de corpos sólidos vindos do espaço, os chamados meteoróides. Quando estes penetram na atmosfera, a velocidade de até 250 mil quilômetros por hora, se desintegram, dando origem a um rastro luminoso e ionizado, de curta ou longa duração os meteoros ou estrelas cadentes. Numa noite escura, com o céu muito limpo, pode-se observar, com alguma sorte, mais de dez estrelas cadentes por hora, às vezes acompanhadas de explosões semelhantes a um trovão abafado. Os meteoros que não se desintegram e atingem o solo recebem o nome de meteoritos.


Existem outros UNIVERSOS?

O universo é, evidentemente, bem maior do que a região que podemos observar. Sabemos disso pelo fato de que ele é muito "plano". Com efeito, quando vamos para fora, passear no campo por exemplo, para medir linhas, pontos e sobretudo ângulos de triângulos, deduzimos que a Terra é muito "plana". O máximo que podemos dizer é que a curvatura da Terra é muito pouca. E, se a Terra é redonda, ela deve ser bem maior do que o campo que estamos explorando.

Exatamente a mesma coisa acontece em relação ao universo. Os astrônomos medem as propriedades de triângulos. Os maiores que conseguimos medir têm alguns bilhões de anos-luz de lado, e mesmo assim o espaço que ocupam nos parece muito plano. Podemos deduzir então que, sem dúvida, o universo é muito maior do que podemos ver. Mil vezes, dez vezes, ou um décimo de vez maior? Não temos como saber. Mas a teoria cosmológica da inflação sugere que ele é muitas potências de dez vezes maior.

A inflação, por outro lado, tende fortemente a criar um universo diversificado. Com essa teoria, em vez de se obter uma cobertura unida, nos encontramos diante de extraordinária manta em retalhos, composta de "meios ambientes" distintos. Cada vez mais, físicos e cosmólogos consideram que nosso universo é apenas uma ínfima parte de um conjunto imenso e incrivelmente diversificado. É praticamente certo que o essencial desse "multiverso" possui propriedades que o tornam hostil à vida. Mas, aqui e ali, lugares minúsculos (com extensão de alguns milhares de anos-luz?) poderiam ser propícios à existência de estrelas, de planetas, de átomos, de moléculas e de vida.


Estamos SÓS? - NÃO
Michel Mayor Astrofísico do Observatório de Genebra, Suíça. Um dos descobridores do primeiro exoplaneta, 51 Pegasi:

Quando enumeramos todos os exoplanetas descobertos nos últimos 13 anos, não restam mais dúvidas de que todas as condições para o surgimento da vida devem existir também lá fora. Obviamente, hoje detectamos sobretudo planetas gigantes e gasosos. Mas na medida em que eles são mais fáceis de ver e que teoricamente são mais raros que os planetas rochosos - difíceis de ver -, conclui-se que estes últimos devem ser muito mais numerosos.

O estudo das estrelas jovens em zonas de formação estelar mostra que todas as estrelas possuíam, no início, um disco de concrescência, uma espécie de matéria-prima dos planetas. As condições físicas são as mesmas em toda parte. Pode-se assim deduzir que a quase totalidade das estrelas possui planetas. Consideramos os 100 a 300 bilhões de estrelas da Via Láctea, a maior parte delas acompanhada por um ou mais planetas.

Mesmo se as condições necessárias à emergência da vida forem restritivas - temperatura ideal para manter a água em estado líquido, massa-limite para manter uma atmosfera, etc. -, deve existir um número tão grande de diferentes planetas em nossa galáxia que o número de sítios habitáveis deve ser muito grande, provavelmente da ordem de dezenas de bilhões.

Uma pergunta: será que a vida se desenvolve forçosamente quando todas as condições estão reunidas? Como as experiências de laboratório não podem responder a essa questão, resta-nos a observação dos mundos extraterrestres. A vida, com efeito, trai a sua presença ao modificar a composição química das atmosferas planetárias, um índice que pode ser detectado à distância. Esta é, por sinal, a base das próximas missões espaciais, tais como a missão européia Darwin, que deverá ser lançada em 2014.

Não temos provas formais dessa outra vida: esta é a resposta científica mais sábia que podemos dar. Mas, pessoalmente, sinto que deve haver uma outra vida, que sou apenas um subproduto bastante comum do universo. Lá fora, esses subprodutos não são necessariamente evoluídos ou inteligentes, e talvez não sejam mais do que bactérias ou outras formas primitivas de vida desse imenso jogo.