Sol: Luz e Vida
O Sol é considerado uma estrela pequena, comparado com as grandes estrelas que são milhares de vezes maior que ele. Como uma grande esfera de gases a altíssimas temperaturas, o Sol é formado principalmente por hidrogênio e hélio, e está beeeem longe da Terra: cerca de 150 milhões de quilômetros. Sua luz leva pouco mais de oito minutos para atingir a superfície terrestre.
A radiação emitida pelo Sol é fonte de vida e de energia essencial para a Terra. A energia solar impulsiona as correntes atmosféricas e marítimas, faz evaporar a água (que depois cai como chuva e neve), estimula o processo de fotossíntese das plantas (que fornece a energia para a sobrevivência dos organismos vivos).
FILME DE TERROR: O FIM DO SISTEMA SOLAR
O Sistema Solar está com os dias contados! Quando o hidrogênio no centro do Sol começar a diminuir, o Sol vai aumentar de tamanho.
Ele irá crescer, crescer, e seu calor queimará todos os planetas incluindo a Terra. A atmosfera desaparecerá, os mares ferverão e todas as formas de vida serão destruídas. Será o fim!
Calma, nada de pânico! Ainda faltam outros 5 bilhões de anos para isso acontecer...
A ÚLTIMA NOVIDADE DO UNIVERSO
O Universo é como o futebol: uma caixinha de surpresas.
Graças à dedicação dos astrônomos, não faltam novas descobertas.
Uma das mais recentes e fascinantes é a forte suspeita de que existam muitos sistemas planetários girando em torno de estrelas parecidas com o Sol.
Uma das primeiras estrelas com essas características fica na região da constelação de Andrômeda.
Essa estrela possui massa um pouco maior que o Sol e em sua órbita giram pelo menos três planetas.
O Sol é considerado uma estrela pequena, comparado com as grandes estrelas que são milhares de vezes maior que ele. Como uma grande esfera de gases a altíssimas temperaturas, o Sol é formado principalmente por hidrogênio e hélio, e está beeeem longe da Terra: cerca de 150 milhões de quilômetros. Sua luz leva pouco mais de oito minutos para atingir a superfície terrestre.
A radiação emitida pelo Sol é fonte de vida e de energia essencial para a Terra. A energia solar impulsiona as correntes atmosféricas e marítimas, faz evaporar a água (que depois cai como chuva e neve), estimula o processo de fotossíntese das plantas (que fornece a energia para a sobrevivência dos organismos vivos).
FILME DE TERROR: O FIM DO SISTEMA SOLAR
O Sistema Solar está com os dias contados! Quando o hidrogênio no centro do Sol começar a diminuir, o Sol vai aumentar de tamanho.
Ele irá crescer, crescer, e seu calor queimará todos os planetas incluindo a Terra. A atmosfera desaparecerá, os mares ferverão e todas as formas de vida serão destruídas. Será o fim!
Calma, nada de pânico! Ainda faltam outros 5 bilhões de anos para isso acontecer...
A ÚLTIMA NOVIDADE DO UNIVERSO
O Universo é como o futebol: uma caixinha de surpresas.
Graças à dedicação dos astrônomos, não faltam novas descobertas.
Uma das mais recentes e fascinantes é a forte suspeita de que existam muitos sistemas planetários girando em torno de estrelas parecidas com o Sol.
Uma das primeiras estrelas com essas características fica na região da constelação de Andrômeda.
Essa estrela possui massa um pouco maior que o Sol e em sua órbita giram pelo menos três planetas.
A Lua um dia teve uma irmã
Se nosso satélite foi mesmo arrancado da Terra, ele pode ter tido um companheiro por curto período de tempo.
Há alguns meses, cientistas das Universidades de Tóquio e do Colorado, em Boulder, anunciaram que, segundo simulações em computador, a Lua nasceu mesmo da trombada da Terra com outro planeta, com tamanho aproximado ao de Marte (veja Supernotícias ano 11, número 10). A violência do choque destruiu o inconveniente vizinho e lançou ao espaço um anel de pedaços de rocha, semelhante aos anéis que giram em torno de Saturno. Foram esses pedregulhos que acabaram se aglomerando na Lua que brilha hoje sobre nossas cabeças. Até aí, nenhuma grande surpresa. Surpresa mesmo é que, das 27 simulações que os cientistas realizaram, nove demonstram que o satélite terrestre não foi o único corpo formado pelo choque. Segundo Robin Canup, líder da equipe americana, se o anel poeirento se afastou bastante da Terra — a uma distância em torno de 40 000 quilômetros — a força da gravidade terrestre pode ter separado as pedras em duas porções. "Daí surgiriam duas luas, em vez de uma", diz ele. Só que, pelo menos no computador, a mais próxima de nós não duraria mais do que um século. Seria destruída pela mesma força gravitacional que a criara. Seus destroços teriam caído de volta na Terra.
1. Um planeta do tamanho de Marte se choca com a Terra, há 4,5 bilhões de anos.
2. Pedaços dos dois planetas formam um anel a 40 000 quilômetros da Terra.
3. A força de gravidade terrestre quebra o anel de rochas em duas partes.
4. Cada porção se aglomera e forma um satélite. A Lua que existe hoje é a mais distante.
5. A irmã da Lua, perto demais da Terra, cai no planeta. Resta a Lua que vemos.
Se nosso satélite foi mesmo arrancado da Terra, ele pode ter tido um companheiro por curto período de tempo.
Há alguns meses, cientistas das Universidades de Tóquio e do Colorado, em Boulder, anunciaram que, segundo simulações em computador, a Lua nasceu mesmo da trombada da Terra com outro planeta, com tamanho aproximado ao de Marte (veja Supernotícias ano 11, número 10). A violência do choque destruiu o inconveniente vizinho e lançou ao espaço um anel de pedaços de rocha, semelhante aos anéis que giram em torno de Saturno. Foram esses pedregulhos que acabaram se aglomerando na Lua que brilha hoje sobre nossas cabeças. Até aí, nenhuma grande surpresa. Surpresa mesmo é que, das 27 simulações que os cientistas realizaram, nove demonstram que o satélite terrestre não foi o único corpo formado pelo choque. Segundo Robin Canup, líder da equipe americana, se o anel poeirento se afastou bastante da Terra — a uma distância em torno de 40 000 quilômetros — a força da gravidade terrestre pode ter separado as pedras em duas porções. "Daí surgiriam duas luas, em vez de uma", diz ele. Só que, pelo menos no computador, a mais próxima de nós não duraria mais do que um século. Seria destruída pela mesma força gravitacional que a criara. Seus destroços teriam caído de volta na Terra.
1. Um planeta do tamanho de Marte se choca com a Terra, há 4,5 bilhões de anos.
2. Pedaços dos dois planetas formam um anel a 40 000 quilômetros da Terra.
3. A força de gravidade terrestre quebra o anel de rochas em duas partes.
4. Cada porção se aglomera e forma um satélite. A Lua que existe hoje é a mais distante.
5. A irmã da Lua, perto demais da Terra, cai no planeta. Resta a Lua que vemos.
Planeta Lua:
O satélite da Terra bem que merecia um lugar entre os outros mundos. Em tamanho não fica muito atrás de Marte ou Mercúrio. E agora acharam até indícios de gelo em suas crateras.
Data: uns cinco bilhões de anos atrás. Cenário: o espaço onde hoje fica a Terra. Em vez de planetas cercados por vácuo quase perfeito, um mar de pedras encobre o Sol. Infinitas rochas, pequenas e grandes, riscam o céu a 50 000 quilômetros por hora num jogo de choques violentos. Foi nesse oceano "semi-sólido" que a Terra foi construída. Construída é bem a palavra, já que a pancadaria estilhaçava, mas também colava as massas que batiam, formando blocos maiores. Resultado: começando com o volume de bolas de bilhar, em poucos milhões de anos as pedras estavam com milhares de quilômetros de diâmetro. Foi assim que nasceram os planetas.
A Lua surgiu dessa mesma maneira e, se não estivesse ligada à Terra pela gravidade, até poderia ser promovida a planeta. A começar pelo tamanho. Seu raio de 1 873 quilômetros, embora pequeno, é perfeitamente comparável ao de Marte ou ao de Mercúrio. Nossa vizinha também possui atmosfera — mesmo que seja um véu muito tênue de sódio saído das rochas. E no final de 1996 surgiram sinais de que ela conserva alguma água. Por tudo isso, é muito tentador pensar que a Terra e seu satélite são, na verdade, dois planetas irmãos.
A teoria mais simpática sobre a origem da Lua é a de que ela é uma irmã da Terra, crescendo ao seu lado desde a época em que por aqui só se viam pedregulhos cósmicos, há 5 bilhões de anos. É uma idéia atraente porque as duas formam o par mais equilibrado existente ao redor do Sol. Basta ver que Ganimedes, o maior satélite de Júpiter e de todo o sistema solar, é 27 vezes menor que seu planeta, enquanto a Lua é apenas 3,7 vezes menor que a Terra. Juntas no céu, elas realmente lembram um mundo duplo.
Isso não basta para dar à Lua o título de planeta. Mesmo porque nem essa teoria inicial, nem as outras três elaboradas mais tarde (veja o infográfico acima), são inteiramente convincentes. Sempre esbarram em algum ponto obscuro, pois até hoje não está claro se a Lua evoluiu aqui mesmo ou em outra região do sistema solar. Também não se sabe porque ela se afasta de nós 2,5 centímetros a cada século. A sua composição química chama a atenção porque é bem parecida com a da Terra, de maneira geral. E apesar disso é muito pobre em ferro, contrastando com a abundância terrestre desse metal.
Mas se as pesquisas não produziram teorias definitivas, elas certamente ensinaram que os satélites têm tanta importância quanto os planetas. Isso fica claro quando se observa o grupo dos mais graúdos, ou seja, mais ou menos com as dimensões da Lua. Esse pacote inclui vários mundinhos de Júpiter, como Ganimedes (com 2 638 quilômetros de raio), Calisto (2 420 quilômetros), Io (1 816 quilômetros) e Europa (1 563 quilômetros). E pelo menos um de Saturno, Titã (com 2 575 quilômetros de raio). Além do tamanho, eles têm outras características "planetárias", como atmosferas, mesmo que rarefeitas, mares rasos e até movimentos geológicos internos. Enfim, só não podem ser chamados de planetas porque não giram em torno do Sol. De resto, mereceriam o nome com todo o direito.
A notícia de que o satélite da Terra talvez tenha água, anunciada no final do ano passado, só podia mesmo provocar surpresa e espanto. Em princípio, lá não pode haver água. Siga o raciocínio: por ser pequena, a Lua tem baixa gravidade, ou seja, não tem força para segurar gás ou vapor à sua volta. E sem um gás para distribuir o calor, a temperatura oscila terrivelmente, descendo abaixo de 150 graus negativos à noite e subindo a mais de 150 graus positivos onde bate Sol. Isso faz a água evaporar e, mais cedo ou mais tarde, fugir para o espaço.
A única chance de obrigar o líquido ficar na Lua seria mantê-lo em congelamento eterno, em alguma região permanentemente coberta pela sombra. Essa hipótese, formulada pela primeira vez na década de 60 foi testada agora pelo geólogo Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário, em Houston, Estados Unidos. Ele provou que perto do pólo sul lunar existe uma área onde é sempre noite, e tem sido assim há bilhões de anos. De posse dessa informação, Spudis esquadrinhou o local usando o radar da nave americana Clementine, que está circundando a Lua desde 1994. E embora o resultado não seja definitivo, mostra que o solo próximo ao pólo pode, sim, estar coberto por uma fina camada de gelo (veja os infográficos abaixo).
Essa água não deve ser natural do satélite. Ela provavelmente veio dos cometas, que são feitos de gelo. Para Spudis, os cometas que colidiram com a Lua no passado deixaram na superfície massas geladas que em seguida evaporaram. A maior parte do vapor foi para o espaço, mas aqui e ali pequenos volumes passaram por áreas escuras e congelaram. Em outras palavras, até a Lua que tinha nascido sem umidade arranjou um jeito de importar e conservar o líquido mais precioso que existe.
Face distorcida
A Bacia Pólo Sul-Aitken é uma gigantesca deformação na superfície, criada por alguma colisão no passado. Ela cobre um quarto da área total do satélite.
Umidade sem luz
Dentro da Bacia Aitken, a luz do Sol bate muito de raspão. Aí, pelo menos 15 000 quilômetros quadrados nunca recebem luz e são depósitos potenciais de líquido.
Mapa da mina
Na avaliação preliminar de Paul Spudis, pelo menos 1% da área permanentemente sombreada está coberta por gelo com espessura de uns 10 ou 20 metros.1 Duas irmãs
Tese: a Lua e a Terra nasceram e cresceram lado a lado, compartilhando a mesma órbita.
Problema: então elas deveriam ter os mesmos elementos químicos em quantidade similar. O que não é verdade. A Terra tem muito mais ferro.
2 Mãe e filha
Tese: a Terra rodava tão rápido no passado que acabou perdendo um pedaço, dando origem à Lua. Esta teria pouco ferro porque o fragmento desgarrado era pobre em metal.
Problema: a rotação da Terra dificilmente teria alcançado o patamar necessário para parti-la.
3 Estranha no ninho
Tese: a Lua se formou em local desconhecido. Um dia passou perto e foi capturada pela gravidade da Terra.
Problema: se ela é estrangeira, a proporção de oxigênio em suas rochas não poderia ser a mesma que a terrestre, como acontece.
4 Parto violento
Tese: um asteróide gigante, há 4,6 bilhões de anos, bateu na Terra, fazendo espirrar a Lua para o espaço.
Problema: Não dá para verificar se esse hipotético bólido existiu, mas todos os cálculos sugerem essa possibilidade. É a teoria mais plausível, até agora.
O que é sol da meia-noite?
É um fenômeno que ocorre nas proximidades dos pólos, quando o Sol não se põe durante pelo menos 24 horas.
É um fenômeno que ocorre nas proximidades dos pólos, quando o Sol não se põe durante pelo menos 24 horas. Isso acontece porque a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita faz com que o Sol incida quase perpendicularmente sobre os pólos, em posição que se alternam de seis em meses. Nos pólos propriamente ditos, tantos o dia solar quanto a noite duram teoricamente um semestre, porque os períodos efeitos de luz e escuridão são modificados também pelas auroras boreais. A passagem para o dia ou para a noite polar ocorre nos equinócios – quando a duração das horas de Sol é igual em toda a Terra.
O satélite da Terra bem que merecia um lugar entre os outros mundos. Em tamanho não fica muito atrás de Marte ou Mercúrio. E agora acharam até indícios de gelo em suas crateras.
Data: uns cinco bilhões de anos atrás. Cenário: o espaço onde hoje fica a Terra. Em vez de planetas cercados por vácuo quase perfeito, um mar de pedras encobre o Sol. Infinitas rochas, pequenas e grandes, riscam o céu a 50 000 quilômetros por hora num jogo de choques violentos. Foi nesse oceano "semi-sólido" que a Terra foi construída. Construída é bem a palavra, já que a pancadaria estilhaçava, mas também colava as massas que batiam, formando blocos maiores. Resultado: começando com o volume de bolas de bilhar, em poucos milhões de anos as pedras estavam com milhares de quilômetros de diâmetro. Foi assim que nasceram os planetas.
A Lua surgiu dessa mesma maneira e, se não estivesse ligada à Terra pela gravidade, até poderia ser promovida a planeta. A começar pelo tamanho. Seu raio de 1 873 quilômetros, embora pequeno, é perfeitamente comparável ao de Marte ou ao de Mercúrio. Nossa vizinha também possui atmosfera — mesmo que seja um véu muito tênue de sódio saído das rochas. E no final de 1996 surgiram sinais de que ela conserva alguma água. Por tudo isso, é muito tentador pensar que a Terra e seu satélite são, na verdade, dois planetas irmãos.
A teoria mais simpática sobre a origem da Lua é a de que ela é uma irmã da Terra, crescendo ao seu lado desde a época em que por aqui só se viam pedregulhos cósmicos, há 5 bilhões de anos. É uma idéia atraente porque as duas formam o par mais equilibrado existente ao redor do Sol. Basta ver que Ganimedes, o maior satélite de Júpiter e de todo o sistema solar, é 27 vezes menor que seu planeta, enquanto a Lua é apenas 3,7 vezes menor que a Terra. Juntas no céu, elas realmente lembram um mundo duplo.
Isso não basta para dar à Lua o título de planeta. Mesmo porque nem essa teoria inicial, nem as outras três elaboradas mais tarde (veja o infográfico acima), são inteiramente convincentes. Sempre esbarram em algum ponto obscuro, pois até hoje não está claro se a Lua evoluiu aqui mesmo ou em outra região do sistema solar. Também não se sabe porque ela se afasta de nós 2,5 centímetros a cada século. A sua composição química chama a atenção porque é bem parecida com a da Terra, de maneira geral. E apesar disso é muito pobre em ferro, contrastando com a abundância terrestre desse metal.
Mas se as pesquisas não produziram teorias definitivas, elas certamente ensinaram que os satélites têm tanta importância quanto os planetas. Isso fica claro quando se observa o grupo dos mais graúdos, ou seja, mais ou menos com as dimensões da Lua. Esse pacote inclui vários mundinhos de Júpiter, como Ganimedes (com 2 638 quilômetros de raio), Calisto (2 420 quilômetros), Io (1 816 quilômetros) e Europa (1 563 quilômetros). E pelo menos um de Saturno, Titã (com 2 575 quilômetros de raio). Além do tamanho, eles têm outras características "planetárias", como atmosferas, mesmo que rarefeitas, mares rasos e até movimentos geológicos internos. Enfim, só não podem ser chamados de planetas porque não giram em torno do Sol. De resto, mereceriam o nome com todo o direito.
A notícia de que o satélite da Terra talvez tenha água, anunciada no final do ano passado, só podia mesmo provocar surpresa e espanto. Em princípio, lá não pode haver água. Siga o raciocínio: por ser pequena, a Lua tem baixa gravidade, ou seja, não tem força para segurar gás ou vapor à sua volta. E sem um gás para distribuir o calor, a temperatura oscila terrivelmente, descendo abaixo de 150 graus negativos à noite e subindo a mais de 150 graus positivos onde bate Sol. Isso faz a água evaporar e, mais cedo ou mais tarde, fugir para o espaço.
A única chance de obrigar o líquido ficar na Lua seria mantê-lo em congelamento eterno, em alguma região permanentemente coberta pela sombra. Essa hipótese, formulada pela primeira vez na década de 60 foi testada agora pelo geólogo Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário, em Houston, Estados Unidos. Ele provou que perto do pólo sul lunar existe uma área onde é sempre noite, e tem sido assim há bilhões de anos. De posse dessa informação, Spudis esquadrinhou o local usando o radar da nave americana Clementine, que está circundando a Lua desde 1994. E embora o resultado não seja definitivo, mostra que o solo próximo ao pólo pode, sim, estar coberto por uma fina camada de gelo (veja os infográficos abaixo).
Essa água não deve ser natural do satélite. Ela provavelmente veio dos cometas, que são feitos de gelo. Para Spudis, os cometas que colidiram com a Lua no passado deixaram na superfície massas geladas que em seguida evaporaram. A maior parte do vapor foi para o espaço, mas aqui e ali pequenos volumes passaram por áreas escuras e congelaram. Em outras palavras, até a Lua que tinha nascido sem umidade arranjou um jeito de importar e conservar o líquido mais precioso que existe.
Face distorcida
A Bacia Pólo Sul-Aitken é uma gigantesca deformação na superfície, criada por alguma colisão no passado. Ela cobre um quarto da área total do satélite.
Umidade sem luz
Dentro da Bacia Aitken, a luz do Sol bate muito de raspão. Aí, pelo menos 15 000 quilômetros quadrados nunca recebem luz e são depósitos potenciais de líquido.
Mapa da mina
Na avaliação preliminar de Paul Spudis, pelo menos 1% da área permanentemente sombreada está coberta por gelo com espessura de uns 10 ou 20 metros.1 Duas irmãs
Tese: a Lua e a Terra nasceram e cresceram lado a lado, compartilhando a mesma órbita.
Problema: então elas deveriam ter os mesmos elementos químicos em quantidade similar. O que não é verdade. A Terra tem muito mais ferro.
2 Mãe e filha
Tese: a Terra rodava tão rápido no passado que acabou perdendo um pedaço, dando origem à Lua. Esta teria pouco ferro porque o fragmento desgarrado era pobre em metal.
Problema: a rotação da Terra dificilmente teria alcançado o patamar necessário para parti-la.
3 Estranha no ninho
Tese: a Lua se formou em local desconhecido. Um dia passou perto e foi capturada pela gravidade da Terra.
Problema: se ela é estrangeira, a proporção de oxigênio em suas rochas não poderia ser a mesma que a terrestre, como acontece.
4 Parto violento
Tese: um asteróide gigante, há 4,6 bilhões de anos, bateu na Terra, fazendo espirrar a Lua para o espaço.
Problema: Não dá para verificar se esse hipotético bólido existiu, mas todos os cálculos sugerem essa possibilidade. É a teoria mais plausível, até agora.
O que é sol da meia-noite?
É um fenômeno que ocorre nas proximidades dos pólos, quando o Sol não se põe durante pelo menos 24 horas.
É um fenômeno que ocorre nas proximidades dos pólos, quando o Sol não se põe durante pelo menos 24 horas. Isso acontece porque a inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita faz com que o Sol incida quase perpendicularmente sobre os pólos, em posição que se alternam de seis em meses. Nos pólos propriamente ditos, tantos o dia solar quanto a noite duram teoricamente um semestre, porque os períodos efeitos de luz e escuridão são modificados também pelas auroras boreais. A passagem para o dia ou para a noite polar ocorre nos equinócios – quando a duração das horas de Sol é igual em toda a Terra.
Por que o sol e a lua são maiores no horizonte?
O Sol e a Lua não são maiores no horizonte; trata-se de uma ilusão de ótica que torna a trajetória desses astros aparentemente mais próxima.
Não são. Trata-se de uma ilusão de ótica. Quando se olha para o alto do céu, não é possível estimar distâncias, pois não há nada por perto de dimensões conhecidas que possa ser comparado ao Sol ou á Lua. Mas, quando se olha para o horizonte, há uma infinidade de pontos de referência: estradas, campos, ruas e montanhas, que estabelecem o padrão de comparação. Como não há nada mensurável entre o horizonte e o céu, a abóbada celeste parece achatada, tornando a trajetória do Sol aparentemente mais próxima no topo. Assim, embora a distância seja praticamente a mesma, o Sol parece maior no horizonte do que quando está a pino.
Vida na Galáxia
A inteligência, interesse sobre o que está acontecendo no Universo, é um desdobramento da vida na Terra, resultado da evolução e seleção natural. Os seres inteligentes produzem manifestações artificiais, como as ondas eletromagnéticas moduladas em amplitude (AM) ou frequência (FM) produzidas pelos terráqueos para transmitir informação (sinais com estrutura lógica). Acreditando que possíveis seres extra-terrestres inteligentes se manifestam de maneira similar, desde 1960 se usam radiotelescópios para tentar captar sinais deles. Esta busca leva a sigla SETI, do inglês Search for Extra-Terrestrial Intelligence, ou Busca de Inteligência Extra-Terrestre. Até hoje não houve nenhuma detecção, mas esta busca se baseia em emissões moduladas de rádio, que produzimos aqui na Terra somente nos ultimos 60 anos. Hoje em dias, as tramissões de dados por ondas eletromagnéticas estão sendo superadas por transporte de informação por fibras óticas, que não são perceptíveis a distâncias interestelares.
O SETI utiliza ondas de rádio para procurar sinais extraterrestres porque as ondas de rádio viajam à velocidade da luz mas não são absorvidas pelas nuvens de poeira e gás do meio interestelar. Dentro de um raio de 80 anos-luz da Terra existem cerca de 800 estrelas similares ao Sol. Podemos ver algumas destas estrelas a olho nu: Alfa Centauri, Tau Ceti, Epsilon Eridani, 61 Cygni e Epsilon Indi. O projeto Phoenix procura por sinais em cerca de 1000 estrelas na
O Sol e a Lua não são maiores no horizonte; trata-se de uma ilusão de ótica que torna a trajetória desses astros aparentemente mais próxima.
Não são. Trata-se de uma ilusão de ótica. Quando se olha para o alto do céu, não é possível estimar distâncias, pois não há nada por perto de dimensões conhecidas que possa ser comparado ao Sol ou á Lua. Mas, quando se olha para o horizonte, há uma infinidade de pontos de referência: estradas, campos, ruas e montanhas, que estabelecem o padrão de comparação. Como não há nada mensurável entre o horizonte e o céu, a abóbada celeste parece achatada, tornando a trajetória do Sol aparentemente mais próxima no topo. Assim, embora a distância seja praticamente a mesma, o Sol parece maior no horizonte do que quando está a pino.
Vida na Galáxia
A inteligência, interesse sobre o que está acontecendo no Universo, é um desdobramento da vida na Terra, resultado da evolução e seleção natural. Os seres inteligentes produzem manifestações artificiais, como as ondas eletromagnéticas moduladas em amplitude (AM) ou frequência (FM) produzidas pelos terráqueos para transmitir informação (sinais com estrutura lógica). Acreditando que possíveis seres extra-terrestres inteligentes se manifestam de maneira similar, desde 1960 se usam radiotelescópios para tentar captar sinais deles. Esta busca leva a sigla SETI, do inglês Search for Extra-Terrestrial Intelligence, ou Busca de Inteligência Extra-Terrestre. Até hoje não houve nenhuma detecção, mas esta busca se baseia em emissões moduladas de rádio, que produzimos aqui na Terra somente nos ultimos 60 anos. Hoje em dias, as tramissões de dados por ondas eletromagnéticas estão sendo superadas por transporte de informação por fibras óticas, que não são perceptíveis a distâncias interestelares.
O SETI utiliza ondas de rádio para procurar sinais extraterrestres porque as ondas de rádio viajam à velocidade da luz mas não são absorvidas pelas nuvens de poeira e gás do meio interestelar. Dentro de um raio de 80 anos-luz da Terra existem cerca de 800 estrelas similares ao Sol. Podemos ver algumas destas estrelas a olho nu: Alfa Centauri, Tau Ceti, Epsilon Eridani, 61 Cygni e Epsilon Indi. O projeto Phoenix procura por sinais em cerca de 1000 estrelas na
Planetas fora do Sistema Solar
Embora desde 1992 existam evidências gravitacionais (efeito Doppler nas linhas espectrais demonstrando movimento em torno do centro de massa) da existência de mais de duzentos e oitenta planetas fora do Sistema Solar, em várias estrelas na nossa Galáxia, é muito difícil detectar os planetas diretamente porque a estrela em volta da qual o planeta orbita é muito mais brilhante que o planeta, ofuscando-o. Estes métodos indiretos, gravitacionais, só conseguem detectar grandes planetas, tipo Júpiter, que não podem conter vida como a conhecemos, porque têm atmosferas imensas e de altíssima pressão sobre pequenos núcleos rochosos. Planetas pequenos, como a Terra, requerem precisão muito maior do que a atingível pelas observações atuais. Como os efeitos gravitacionais só indicam a massa e a distância do planeta à estrela, não podem detectar nenhum sinal de vida.
Embora desde 1992 existam evidências gravitacionais (efeito Doppler nas linhas espectrais demonstrando movimento em torno do centro de massa) da existência de mais de duzentos e oitenta planetas fora do Sistema Solar, em várias estrelas na nossa Galáxia, é muito difícil detectar os planetas diretamente porque a estrela em volta da qual o planeta orbita é muito mais brilhante que o planeta, ofuscando-o. Estes métodos indiretos, gravitacionais, só conseguem detectar grandes planetas, tipo Júpiter, que não podem conter vida como a conhecemos, porque têm atmosferas imensas e de altíssima pressão sobre pequenos núcleos rochosos. Planetas pequenos, como a Terra, requerem precisão muito maior do que a atingível pelas observações atuais. Como os efeitos gravitacionais só indicam a massa e a distância do planeta à estrela, não podem detectar nenhum sinal de vida.
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