CURIOSIDADES


Em tantos anos de astronomia, muitas curiosidades e fatos interessantes foram surgindo ao longo do tempo, aqui estão várias curiosidades que com certeza irão interessar muitos, astrônomos ou não!

Por um triz.

Em 1908 um misterioso evento causou imensos estragos e devastou a região de Tunguska, na Rússia. Especula-se que tenha sido um asteróide que explodiu no ar. Se esse for o caso, não poderia ter tido hora melhor para ele cair, pois se ele tivesse se atrasado em 4 horas e meia, a cidade de São Petesburgo seria atingida devido à rotação da Terra, e causaria a morte de 2,5 milhões de habitantes. Essa foi uma fina mesmo!

Brilha brilha estrelinha

Estrelas não piscam como muitos acham, o efeito de “pisca-pisca” é causado pela atmosfera terrestre. Ao atingir a atmosfera, a luz das estrelas é espalhada para diversos pontos. Essa variação no “espalhamento” é causado pela turbulência na atmosfera, que faz parecer que as estrelas estão piscando!

Ei, quem apagou a luz?

Diferente do que a maioria pensa, praticamente nada no Universo é instantâneo. A velocidade da luz é o limite e nada pode passar dela. Graças a isso, a luz do Sol demora certa de 8 minutos e 20 segundos para chegar até a nós, isso significa que se o Sol desaparecesse agora, nós só perceberíamos isso daqui a 8 minutos e 20 segundos! Tempo suficiente pra fazer um miojo e comer, antes que a Terra seja lançada ao espaço pela súbita falta de uma estrela pra orbitar.

Eita que longe…

Se os corpos do nosso sistema solar fossem do tamanho de bolinhas de gude e o Sol fosse colocado em uma calçada no meio de Manhattan, a Terra seria uma bolinha de gude à 1,2 metros de distância. Marte estaria à 60 centímetros da Terra, mas a estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri, estaria à uma distância de 320km, em algum lugar no meio de Rochester, NY.

Comam no Joe’s

Em 1998, um grupo de marketing do Pizza Hut teve uma idéia genial: Projetar o logo da sua rede de pizza na Lua! Para conseguir isso, eles planejavam utilizar um canhão ultrapotente de raios laser. Mas ai vem a pergunta: como que nunca vimos o logo na Lua?
Algumas consultas à especialistas e o governo americano e descobriram que tal tecnologia simplesmente não existia! Para que pudessemos ver a imagem da Terra, ela precisaria ser maior que o estado de Minas Gerais! Sem falar no perigo que esse canhão de laser representaria à pilotos de avião.
Retirado da Revista Mundo Estranho

Desculpe, como?

Se você achava que nomes gigantes e estranhos que enrolam a língua são reservados para a biologia, enganou-se! O nome mais longo ja dado à uma estrela é Torcularis Septentrionalis, dado à estrela ômicron Piscium da constelação de Peixes.

Aula de história

Se fôssemos documentar a história da Terra, desde seu nascimento, dia após dia, ano após ano, num único volume de exatamente mil páginas, cada página cobriria 4 milhões e meio de anos; as primeiras 250 páginas descreveriam o aparecimento das condições propícias à vida; a Idade dos Dinossauros exigiria umas trinta páginas; somente na pág. 984 apareceria o primeiro mamífero; a linguagem Homo viria no fim da penúltima página; e – testando ao máximo nossa capacidade de síntese – tudo o que aconteceu desde a pintura nas cavernas até as viagens espaciais teria de ser condensado na palavra final.

Sou só eu ou bateu um calor?

Todos os anos, em dezembro, a Terra atravessa uma espécie de cauda (semelhante a um cometa) que acompanha o Sol, constituída de hélio e aquecida a 10.000° C; mas não nos damos conta disso por causa de sua baixíssima densidade (10.000 átomos por metro cúbico).

Mal funcionamento?

Ao passar a apenas 900 km da Terra, em dezembro de 1990 – de volta de um giro em torno de Vênus e rumo a Júpiter – a moderníssima sonda americana Galileo, em perfeito funcionamento, captou não só a existência de uma cratera no Pólo Sul, como também o processo de formação das auroras polares: mas não o captou qualquer sinal de vida inteligente no planeta.

A gente já chegou?

Entre a partida e o regresso de um foguete tripulado que viajasse até Andrômeda (uma das galáxias mais próximas da Via Láctea) a uma velocidade próxima da luz, terão transcorrido, para o astronauta, pouco mais de seis anos; mas, para seus parentes que ficaram lhe aguardando, terá se passado a bagatela de quatro milhões de anos.
Fonte: Engenharia & Astronomia


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CURIOSIDADES


Explorando o espaço:

A exploração do espaço começou com os balões. O primeiro balão tripulado foi lançado na França. Em setembro de 1783, levando um galo, um pato e um carneiro. O primeiro homem a voar num balão de ar quente se chama Pilastre de Rozier.

Por que as estrelas brilham?
O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da Terra. A imagem de uma estrela é basicamente um ponto de luz no céu. Quando a atmosfera se agita, a luz emitida por uma estrela sofre um efeito de refração e é desviada em diversas direções. Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica "piscando". Essa é uma das razões que tornam o super-telescópio Hubble tão eficiente: ao invés de estar situado na superfície da Terra, ele orbita no espaço, por cima da atmosfera terrestre, driblando a refração da luz e obtendo assim imagens mais nítidas. E as estrelas que não piscam a olho nu? Essas não são estrelas, e sim planetas, que por seu tamanho definido e maior proximidade da Terra conseguem formar uma imagem estável ao olho humano.

A Lua é de queijo? A Lua é verde ou branca? O que tem na Lua?
A Lua provavelmente foi formada junto com a Terra o que justifica a
semelhança na composição química delas. A diferença entre as rochas da Lua
e as da Terra é que as rochas da Terra sofreram modificações por causa da
chuva e do contato com o ar (atmosfera), como na Lua não tem ar nem chuva,
as rochas de lá estão mais "conservadas".
Quando observamos a Lua, aqui da Terra, vemos que existem partes mais
claras e outras mais escuras, as partes mais claras são formadas por rochas
mais antigas e as partes mais escuras são formadas por lava vulcânica
solidificada que cobriram crateras e bacias. As partes mais escuras foram
confundidas com mares por Galileu em 1610. Nestas partes quase não são
observadas crateras.



Por que a Lua não cai?
É a velocidade que mantém a Lua em sua órbita, impedindo-a de cair sobre a
Terra. A Terra atrai a Lua, mas esta desenvolve velocidade suficiente para
manter-se em órbita.

Será que existe vida em outros planetas? Porque os outros planetas não têm vida?
As formas de vida como conhecemos são formados por moléculas muito
complexas, e algumas moléculas dessa já foram detectadas fora da Terra,
porém formas de vida inteligente não foram detectadas.
A vida deveria ocorrer em planetas com condições estáveis e não extremas,
como acontece nos planetas de nosso sistema.

Como surgiu a Terra e o Sistema Solar? Por que os planetas são diferentes?
Por que a Lua é arredondada? Na Lua tem luz?

O Sistema Solar surgiu a partir de uma Nebulosa (nuvem concentrada de
matéria interestelar) Protosolar, que era uma nuvem de gás e poeira em
rotação lenta onde através de condensação dessa nuvem surgiram os planetas,
luas e outros corpos celestes que passaram a girar em torno do Sol. A Lua
também se formou junto com os planetas, assim como eles e como o Sol, ela é
aproximadamente esférica.
O Sol tem luz própria assim como todas as estrelas, os planetas não tem luz
própria e são iluminados pelo Sol, a Lua é como um planeta e também é
iluminada por ele. A Lua reflete a luz do Sol e é por isso que a vemos
brilhar à noite.



A corrente de Andrômeda pode ser formada por estrelas?
Não. A constelação de Andrômeda é representada no céu, junto com outros
personagens do Épico de Perseu (história mitológica da qual Andrômeda faz
parte). Estes personagens são: Cefeu e Cassiopéia (Reis da Etiópia e pais
de Andrômeda), Cetus (monstro marinho), Pégasus (cavalo alado) e Perseu
(que após salvar Andrômeda casou-se com ela). Na história, Andrômeda
deveria ser sacrificada para que o seu país (Etiópia) ficasse livre das
secas e das pestes, assim, ela foi acorrentada a uma rocha para que o
monstro Cetus a devorasse, neste momento Perseu vem montado no Pégasus e mata o monstro salvando Andrômeda que se casa com ele.
As constelações não costumam ter seus desenhos perfeitamente definidos no
céu, assim usamos figuras fáceis de se ver para localizarmos cada
constelação, por exemplo, no local onde fica a constelação de Cassiopéia
vemos a letra "M" que representa o trono da Rainha. E no Pégasus vemos
quatro estrelas que representam os vértices de um grande quadrado que é
conhecido como o "quadrado de Pégasus".

Qual o primeiro homem que entrou num foguete?
Foi o astronauta soviético Yuri Gagarin, no dia 12 de abril de 1961, a
bordo do foguete Vostok I, dando uma volta completa ao redor da Terra pelo
espaço.

Qual o nome do primeiro homem a pisar na Lua?
Foi o astronauta norte-americano Neil Armstrong, no dia 20 de julho de
1969, depois de uma viagem de quatro dias a bordo da nave espacial Apolo
11. Sua frase, ao pisar na Lua, entrou para história: "Foi um pequeno
passo para o homem, mas um gigantesco passo para humanidade".

Quem descobriu a gravidade?
A gravidade é uma força natural que existe desde o princípio do universo,
porém apesar de sempre existir e atuar sobre os corpos, quem pela primeira
vez a descreveu a partir de uma lei foi Isaac Newton (1642-1727) em sua Lei
da Gravitação Universal.



Quantas estrelas existem no Universo?
Primeiro podemos explicar que as estrelas estão dentro das galáxias, as
estrelas formam uma galáxia. A nossa galáxia chama-se Via-Láctea, nela
existem em torno de 170 bilhões de estrelas (170.000.000.000). No universo
todo não dá para saber quantas galáxias existem, mais já foram descobertas
bilhões de galáxias, e como já foi falado dentro das galáxias que moram as
estrelas.

Existe outro Sistema Solar igual ao nosso?
Sim. Existem outros sistemas com planetas girando ao redor de estrelas,
desde 1985 foram descobertos mais de 10 estrelas com planetas girando ao
seu redor. Acredita-se que existam milhões de estrelas com planetas em
nossa galáxia.

Ser humano sobreviveria dois minutos no espaço sideral
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, um ser humano que fosse lançado ao espaço sideral sem nenhuma proteção não explodiria, e tampouco congelaria. Na verdade, os cientistas calculam que a exposição ao vácuo não causaria nenhum dano imediato a uma pessoa, desde que ela não tentasse trancar a respiração. Segurar o fôlego poderia causar problemas nos pulmões, um efeito semelhante ao que pode ocorrer com mergulhadores em grandes profundidades. Fora isso, os efeitos previstos seriam queimaduras solares, uma leve descamação da pele e dor de ouvido nos primeiros dez segundos de "passeio" pelo espaço. A falta de oxigênio provocaria perda de consciência depois de um ou dois minutos, seguida finalmente pela morte por asfixia.



Como ir ao banheiro no espaço?
Todas as espaçonaves dispõem de um toalete unissex. Ainda que ele pareça apenas uma versão um pouco mais tecnológica de seus similares no planeta Terra, o projeto é um pouco diferente. O toalete acomoda um vaso sanitário para resíduos sólidos e um urinol para resíduos líquidos. Um funil encaixado sobre a área genital permite que tanto homens quanto mulheres urinem em pé, embora também tenham a opção de sentar. Para impedir que os astronautas voem pelo compartimento em um ambiente de ausência de peso, o toalete vem equipado com encaixes para os pés (usados quando a pessoa se senta) ou uma barra abaixo da qual os pés podem ser acomodados (para uso em pé). O toalete dispõe também de uma barra para as coxas, semelhante à que você usa sobre seu colo quando vai a uma montanha russa, e de prendedores de tecido que circundam as coxas. Para garantir que os resíduos não fiquem flutuando pelo ambiente, o toalete usa um fluxo de ar, e não de água, para dar a descarga. O ar suga os resíduos para longe do corpo do astronauta e os despacha. Depois que o ar é filtrado para remover as bactérias e micróbios, ele volta a ser usado na cabine de habitação. Mas para onde vão todos os resíduos? Os resíduos sólidos são secados para remover toda a umidade, comprimidos e armazenados em um recipiente na nave. Eles são removidos e eliminados depois da aterrissagem. Os resíduos líquidos são despejados no espaço. Na Estação Espacial Internacional, os resíduos líquidos são reciclados por meio de uma unidade especial de tratamento de água e transformados novamente em água potável. Os resíduos sólidos são guardados em um saco plástico. Sempre que alguém usa o toalete, o saco se comprime e sela como um compactador de lixo. Os sacos são recolhidos e depois enviados ao espaço em um recipiente especial.



Como funciona a comida espacial?
Por volta dos anos 60, a NASA havia realizado uma extraordinária façanha tecnológica ao enviar homens ao espaço. Mas um dos aspectos aparentemente simples das viagens espaciais demorou mais alguns anos para ser aperfeiçoado: a comida. Hoje, a maior parte da comida espacial se parece bastante com o que comemos em terra firme. O que começou como uma pasta sem gosto, espremida de um tubo parecido com o de creme dental, avançou muito desde os dias iniciais da exploração do espaço. Os astronautas de hoje até têm direito a refeições criadas por célebres chefes de cozinha. Mas o que é a comida espacial? Um cardápio espacial típico inclui muitos itens parecidos com os que encontramos em casas e restaurantes da Terra. Eis alguns exemplos:
* estrogonofe de carne
* biscoitos
* cereal crocante de arroz
* cozido de frango
* ovos mexidos
* abacaxi
* barras de granola
* macarrão com queijo
* pudim de chocolate
As maiores diferenças entre a comida espacial e a comida comum estão na embalagem e no design. A comida espacial precisa ser embalada cuidadosamente de modo que não flutue em ambientes de baixa gravidade (microgravidade). Até mesmo migalhas de alimentos podem ser perigosas em baixa gravidade, pois podem se alojar nos respiradouros do ônibus espacial ou penetrar o nariz ou boca do astronauta, causando risco de sufocação ou engasgo. Líquidos também podem flutuar, de modo que bebidas como café, suco de laranja e chá são embaladas em forma de pó. Os astronautas acrescentam água aos pós para reidratá-los.



Como é o planeta Júpiter?Quem descobriu o planeta Júpiter?
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, um planeta gigante, duas vezes e meia mais massivo que todos os outros planetas do Sistema Solar reunidos, 1330 vezes o Volume da Terra. Seu centro é formado por rochas
incandescentes com temperaturas de 20.000°C. Sua atmosfera é um oceano de hidrogênio liquido a uma temperatura de 173°C negativos, incrivelmente
tempestuosa e turbulenta, com ventos de até 400 km/h. Se destaca em sua
atmosfera a Grande Mancha Vermelha, um gigantesco ciclone aonde caberiam
três planetas Terra, que nunca se dissipou. Júpiter leva doze anos
terrestres para dar uma volta em torno do Sol, seu dia dura 10h, sua
distância média do Sol é de 740.000.000 (milhões) de quilômetros e seu
diâmetro é de 142.800 quilômetros. Júpiter possui 16 satélites, e um anel
(como o de Saturno) quase imperceptível. Júpiter já é observado desde a antigüidade, onde recebeu este nome. Júpiter era o nome do Deus Supremo, mestre do céu e devido ao seu brilho constante e majestoso recebeu
este nome. O primeiro a observá-lo com um telescópio foi Galileu Galilei em 1610, e descobriu quatro de suas luas, que receberam estes nomes: Io; Europa; Galimedes; Calisto.

Quem inventou o primeiro satélite?
Após a 2ª Guerra Mundial, em uma conferência científica na Inglaterra em
1953, foram apresentados planos de um satélite pelo Dr. S. Fred Singer.
No verão de 1954 o Dr. Wernher von Braun apresentou um plano para o
lançamento de um satélite. Porém o primeiro satélite lançado ao espaço e a ficar em órbita em torno da Terra foi o Sputnik I (satélite russo) lançado em 4 de outubro de 1957.



Por que existem animais mortos no espaço?
O que muitos não sabem, entretanto, é que certos sacrifícios foram feitos para que os astronautas pudessem viajar no espaço. Os principais, porém, desconhecidos heróis da exploração espacial são os animais. Antes de os programas espaciais começarem a enviar pessoas para a órbita, os cientistas não sabiam o que poderia acontecer com um organismo vivo que saísse da atmosfera terrestre. Quais seriam os efeitos da falta de gravidade em um mamífero? Como o corpo agüentaria a radiação solar? Então, em vez de colocar seres humanos em uma situação tão arriscada, os Estados Unidos e a Rússia mandaram macacos, chimpanzés, cães e outros animais para o espaço a fim de analisar tais efeitos. Infelizmente, como estávamos apenas no começo da corrida espacial e o processo de construção das espaçonaves ainda estava em fase de testes, com acertos e erros, qualquer falha nos lançamentos ou processos de reentrada era fatal para os animais. Em alguns casos, as naves espaciais que levavam os animais jamais foram recuperadas, levando-nos a crer que ainda haja naves em órbita, abandonadas em meio ao lixo espacial.



Primeiros animais no espaço
Os primeiros organismos vivos a ir ao espaço eram, de fato, muito menores do que macacos ou cães. Em 1947, um recipiente cheio de moscas frugívoras voou a mais de 170 mil metros de altura, retornando à Terra sem nenhum dano aparente.

Logo depois, programas espaciais começaram a mandar animais maiores. No ano seguinte, o Aero Medical Laboratory começou a fazer experiências com animais em White Sands, N.M., e em 11 de junho de 1948, o foguete Blossom V-2 foi lançado no espaço levando a bordo Albert I, um macaco-rhesus.

Albert morreu sufocado durante o vôo devido à cabine apertada. Ao chamarem o macaco de Albert, os cientistas deram início a uma tradição, já que todos os outros macacos usados durante a operação também foram chamados pelo mesmo nome e a empreitada é atualmente conhecida como o Projeto Albert.

Infelizmente, as falhas continuaram a ocorrer - a maioria dos lançamentos experimentou sérias dificuldades técnicas, causando a morte dos animais. O que de melhor se pode dizer é que o segundo macaco, Albert II, sobreviveu durante todo o vôo através do espaço, vindo a morrer apenas na reentrada.

Durante os anos 50, outras missões trouxeram algumas melhorias, mas o mais famoso e adorado dos animais espaciais continua sendo Laika. Um mês após a União Soviética deixar o mundo boquiaberto com o lançamento do Sputnik I - primeiro satélite a entrar em órbita - os russos revelaram um plano ainda mais chocante.

No dia 3 de novembro de 1957, foi lançado o Sputnik 2, levando desta vez a bordo uma cadela chamada Laika ("Barker" em russo). Laika, ou Kudryavka ("Pequenos cachos") como era chamada por seus instrutores, era uma vira-lata das ruas de Rússia, de aproximadamente 6 quilos - a preferência pelos vira-latas para os vôos espaciais vem do fato deles serem fortes e de sobreviverem a baixas temperaturas.



O que é um ano-luz?
Ano-luz é uma unidade de distância. Apesar de não fazer muito sentido porque "ano-luz" contém a palavra "ano", que normalmente é uma unidade de tempo, anos-luz medem a distância. Estamos acostumados a medir as distâncias tanto em centímetros/metros/quilômetros ou polegadas/pés/milhas, dependendo de onde moramos. Sabemos o tamanho de um metro ou de um pé. Estamos acostumados com estas unidades porque as usamos todos os dias. Porém, quando os astrônomos usam seus telescópios para olhar para as estrelas, as coisas são diferentes. As distâncias são gigantescas. Por exemplo, a estrela mais próxima da Terra (sem contar o nosso Sol) fica a cerca de 38.000.000.000.000 km de distância. E isso é a estrela mais próxima. Existem estrelas que estão bilhões de vezes mais longe que isso. Quando se começa a falar desse tipo de distância, o quilômetro simplesmente não é uma unidade prática para se usar porque os números ficam grandes demais. Ninguém quer escrever ou falar em números que têm 20 dígitos! Então, para se medir distâncias realmente grandes, usa-se uma unidade chamada ano-luz. A luz viaja a 300 mil km/s. Portanto, um segundo-luz é igual a 300.000 km. Um ano-luz é a distância que a luz pode viajar em um ano, ou: 300.000 quilômetros/segundo * 60 segundos/minuto * 60 minutos/hora * 24 horas/dia * 365 dias/ano = 9.460.800.000.000 quilômetros/ano Um ano-luz é igual a 9.460.800.000.000 km. Isso é uma distância enorme!



Quanto lixo existe em torno da terra?
Cerca de 330 milhões de objetos maiores do que 1 milimetro. Dessse total, 11 mil têm dimensão superior a 10 centimetros. o lixo espacial é composto de partes de foguetes e peças ejetadas, como pedaços de lançamentos abandonados e satélites que chegaram ao fim da sua vida útil. Á medida que colidem uns contra os outros, vão se fragmentando ainda mais o número de detritos. Esse lixão todo é monitorado plas agências espaciais americana e russa por meio de radares e telescopios. O problema é que boa parte da sujeira acaba, um dia, voltando para a superficie terrestre. Entre 1999 e 2003. fomos "bombardeados" por cerce de 840 toneladas de detritos, como o labolatório Skylab da Nasa, que pesava 77 toneladas e vaiu em 1979 no oceano indico e na porção ocidental da Austrália. A estação MIR, de 120 toneladas, também retornou ao planeta, mas sua queda no sul do oceano foi controlada.



Qual é o formato do universo?
Como quase tudo na astronomia, não há resposta conclusiva. Mas os cientistas trabalham com três possibilidades de geometria. Plana (como uma mesa), Fechada (Como a superficie d euma bola) e aberta (como uma sela de cavalo). como não podemos enxergar o universo "do lado de fora", todos os estudos cientificos para identificar seu formato baseiam-se em estimativas e análises dos sinais que o universo nos envia. As principais pistas chegam até nós pro meio da radiação cósmica de fundo, ou seja, raios que passeiam pelo universo desde o big bang, trazendo-nos uma éspecie de retrato do cosmos da época em que ele nasceu. Algumas outras pistas sobre o formato vêm do estudos de supernovas distantes. Para cada um dos formatos citados acima existem alguuns comportamentos previstos. Se o universo foisse plano (a hipotese mais difundida), por exemplo, sua expansão dominuiria com o tempo, mas sem parar. O problema é que hoje os cientistas ja sabem que o universo está em expansão acelerada. Outra questão bastante polêmica que diz muito sobre o formato do cosmos é se ele é finito ou infinito. Se ele for finito, é possivel que seja enrolado como um canudo, ou seja, seguindo sempre em frente retorna-se ao mesmo ponto em algum momento.


CURIOSIDADES


O que é sonda espacial?
As agências de astronáutica lançam no espaço, na direção de alvos específicos, artefatos dotados de uma série de equipamentos que permitirão a realização de experimentos quando da chegada desses artefatos no alvo escolhido. Esses alvos podem ser planetas, satélites, asteróides ou cometas. Os experimentos permitem um melhor conhecimento da natureza dos objetos estudados. Tais artefatos são chamados de sondas.

Porque a velocidade de reentrada das espaçonaves é tão grande? Não tem como diminuar a velocidade, usando jatos propulsores, por exemplo?
Para colocar o ônibus espacial em órbita foi necessário um foguete que o lançou à velocidade que o mantivesse suspenso, em órbita da terra. Para diminuir a velocidade seria necessário um foguete tão grande e potente quanto o que foi usado no lançamento, tornando cada viagem tão cara que inviabilizaria o programa espacial.

Qual a velocidade máxima (km/s) que um objeto artificial (sondas, satélites) atingiu até o momento.

As sondas Voyager I e II são aquelas que, teoricamente, teriam de ser ejetadas da terra a uma velocidade suficiente para escapar do campo da própria terra e depois do sol, pois são sondas que seguem seu caminho para fora do sistema solar. Em princípio, essa velocidade teria de ser superior a 53 km/s (190800 km/h), contudo foi usado um sistema de catapultas aproveitando o campo gravitacional dos planetas exteriores. Portanto, as sondas Voyagers I e II não chegaram a essa velocidade. Meteoros e asteróides que chegaram à terra têm velocidade típica de 20 km/s.

Qual é o lugar mais distante que o homem ja conseguiu chegar?
A Lua.


Será que daria para fazer colônias no espaço, para as pessoas morarem?
Dizem que em engenharia tudo é possível. O problema são os custos. Com a tecnologia atual, tais projetos são totalmente inviáveis.

Qual o calculo da velocidade de escape de um satélite,e como o Hubble foi construido?
Um satélite ou qualquer outro corpo, para sair do campo gravitacional da terra deve possuir uma velocidade radial superior àquela que a faria ter energia cinética nula no infinito. O Telescópio Espacial Hubble foi construído em solo e lançado ao espaço por um foguete partinda da base Cabo Canaveral, Flórida.

Como os astronautas sobrevivem na Terra?
Os astronautas levam uma vida de humano comum, submetidos a constantes e intensos treinamentos, empregados, que são, da NASA, e de outras agências espaciais espalhadas pelo mundo: MIR, na Rússia, ESA, na Europa, INPE, no Brasil, etc.

Quais são as providências tomadas para diminuir os riscos de vida dos astronaltas na superficie da Lua?
Os principais equipamentos dos astronautas, tanto na lua quanto no espaço, inclui a própria nave onde eles viajam, (ônibus espacial, por exemplo), sua roupa espacial, que é composta de um complexo sistema de sobrevivência e proteção. Finalmente, inclui-se um "kit de sobrevivência", que a exemplo dos botes salva-vidas, no mar, garante a sobrevivência por um certo período onde se espera pela chegada de socorro. Esse "kit" inclui um veneno eficaz, rápido e indolor para o caso do salvamento tornar-se impossível.

Existe algum projeto de viagem para fora do nosso sistema solar com bases na teoria da relatividade?
Projetos, sempre existem. O problema é sua viabilidade. Por enquanto todos os planos nesse sentido são completamente irrealizáveis.

CURIOSIDADES


Qual é a temperatura no espaço? E da superfície de Plutão?
No espaço, as temperaturas podem variar bastante. Por exemplo, a cerca de 10 km acima da superfície terrestre, onde voam os grandes jatos, chega-se a 50 ºC negativos. Entre 50 e 100 km de altitude, aproximadamente 100 ºC negativos. No caso dos planetas, a temperatura depende basicamente de sua distância do Sol. Plutão é o mais frio. A temperatura média em sua superfície é de 218 ºC negativos.

Porque mesmo com acesso a tecnologia de ponta os americanos ainda não conseguiram enviar outra equipe a lua?
Essa decisão é política e não científica. Recentemente o presidente Bush anunciou a retomada das missões tripuladas à lua para 2006, se não me engano. Isso provocou protestos da comunidade científica americana que vê nisso o comprometimento de financiamento de outras pesquisas, mesmo no campo espacial. Tudo isso é muito caro e o favorecimento de uns representa no fim de linhas de pesquisa de outros.

Há possibilidade de quando sairmos da zona de segurança(sol) poderemos se mudar ao planeta Marte? Criarmos fotossintese e gerar agua o bastante para toda a humanidade?
Não temos como "fabricar" água. Tudo o que o homem faz não passa de um processo de transformação. Não há nada em Marte que possamos extrair água. A água que existe por lá é muito pouca e está em estado sólido. Mesmo que a derretamos, não haveria água para todos.


Como é o funcionamento do mecanismo de manobra de uma nave no espaço,onde supostamente é vácuo como funciona o motor de um foguete?
As manobras possíveis são duas: a rotacional e a translacional. A rotacional é feita através de giroscópios, aproveitando a lei que faz com que a "inércia" rotacional é constante. A manobra translacional (por exemplo, no ônibus espacial) é feita com a ajuda de pequenas "pelotas" cheias de líquido. Essas pelotas são perfuradas e elas liberam o líquido que tendem a se expandir no vácuo. Isso faz com que a nave siga no sentido oposto.

Assistindo o filme 2010 o ano em que faremos contato, no final do mesmo o planeta jupiter explode e segundo eles torna-se um novo sol, gostaria de saber o que aconteceria com a terra no caso do planeta jupiter explodir?
Uma explosão difunde uma onda de choque. A amplitude dessa onda de choque é que vai determinar o estrago dos lugares onde ela passa. Júpiter, até onde sabemos, não tem a menor chance de explodir por sua própria natureza. Mesmo que houvesse, ela não seria suficiente para trazer algum dano à terra. Exemplo, em 1994 o cometa Schumaker-Levy, ou seus fragmentos,. cairam em Júpiter provocando várias explosões. Tirando a beleza das imagens, nada mais foi registrado na terra.

Um viajante numa nave interplanetária viaja na escuridão? Os veículos espaciais tripulados possuem janelas de observação?
Um astronauta não viaja na escuridão porque o universo não é completamente escuro. Há a luz das estrelas e do fundo que fazem a paisagem mais ou menos brilhante. Acontece que nas proximidades do sol, como aqui na terra, há luz em quantidade incrível. Longe do centro do sistema solar, temos uma luminosidade mais próxima à média. Ninguém falou em condições de vida nessas regiões.


qual é o tempo de viagem do planeta Terra até a Lua?
As missões Apollo que levaram tripulação à lua duravam cerca de 10 dias. Cinco dias para ir e mais cinco para voltar. A estada dos astronautas durava algumas horas, apenas.

Como os astronautas se movimentam no espaço vazio, quando saem da aeronave? Com a ajuda de jatos propulsores?
Os astronautas, geralmente, mantém um cabo preso nele e na nave de partida. O impulso é, então, feito na direção do objetivo a ser alcançado. Creio que, apenas em uma oportunidade, o astronauta ficou sem qualquer conexão com a nave. Tal situação chama-se "vôo livre". É uma operação arriscada. Há uma espécie de agulha ejetora, que ejeta um líquido na direção apontada pelo astronauta. O movimento será mesma direção e sentido contrário.

Porque os astronautas da missão Apollo 11 que foram à Lua quando voltaram pra Terra caíram na água porque ? ??? Eles cairam a uma alta velocidade, como suportaram?
abricar uma nave dotada de sistema de pouso em terra firme seria uma muito mais caro e mais arriscado, se bem que os soviéticos já possuiam essa tecnologia, mas, por motivos óbvios tanto os americanos não a queriam quanto os soviéticos imporiam algumas condições para cedê-la (um cosmonauta soviético, por exemplo, e os soviéticos não iriam aceitar que ele pisasse na lua em segundo lugar...) Hoje essa tecnologia já está completamente dominada. Veja os ônibus espaciais. Mesmo assim, não isenta de riscos, como o que aconteceu recentemente.

por que há combustão no espaço, como percebe-se no propulsor de um fogete, se não há oxigênio?
Os foguetes utilizam o par combustível-carburante para promover a combustão. Não há concentração de oxigênio na atmosfera que permita tal consumo de energia.

O que aconteceria com os seres humanos e com os seres viventes se a terra parasse de rodar?
Temos que encarar esse assunto sob dois pontos de vista. O primeiro levanta a questão: "existiria vida na terra se ela não rodasse?" A resposta é: seria muito difícil. Sem a rotação não haveria condições de um processo de distribuição homogênea de temperatura, pois um dia duraria um ano. Muito provavelmente a água se evaporaria e, assim, as condições de existência de vida volatirizariam junto. Durante a noite a água viraria gelo, não havendo chance, portanto de aparecer água líquida. O segundo ponto de vista seria, "existindo vida, ela seria extinta?" Sabemos que a vida é capaz de não só se reproduzir como mudar o ambiente no sentido dela se perpetuar. Alguma forma de sobreviver a vida acharia, a menos que as condições tornassem impossível sua existência. Havendo vapor de água na atmosfera, seria possível que aparecesse uma forma de vida que se sustentasse nessas condições. O mesmo podemos dizer dos seres humanos. Seria impossível o ser humano aparecer nas condições dadas. Mas, com a humanidade existindo, é possível que ela achasse uma maneira de sobreviver a isso.

Quando está planejado pela nasa o envio de uma nave para uma missão tripulada para o planeta marte?
Essa possibilidade ainda está em discussão. Não há previsão.


CURIOSIDADES


Sobre o Filme "Contato"....De que forma as mensagens da Terra chegaram ao suposto planeta? Isto é possivel ? Porque a Igreja influenciou na escolha do representante terrestre que iria fazer a viagem? Quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos cientistas para a realização de viagens interplanetarias?
 
A suposta civilização habitante do sistema Vega teria recebido sinais de televisão da terra que são emitidos o tempo todo para o espaço. Quanto às outras perguntas tratam-se de conseqüências das idéias que Carl Sagan, autor do livro que baseou o filme, tinha sobre a divisão de poder na terra. Segundo ele, 95% da população da terra acredita em Deus. Nada mais natural que os representantes das igrejas tivessem alguma influência nas decisões. Isso segundo Carl Sagan. A estória é dele. Infelizmente ele já não está mais aqui para nos responder mais detalhadamente. A essa altura ele já sabe se existe Deus...

como um foguete pode viajar no vacuo?
Foguetes têm sistemas próprios de propulsão e não precisam da atmosfera, como os aviões. Logo, podem, tranquilamente viajar no vácuo.

Quanto tempo levou a viagem de Yuri Gagarin?
Yuri Gagarin voou a bordo da Vostok 1, lançada em 12/04/61 numa viagem que durou 1h 48m no espaço.

sera que é possivel invetamos motores de naves espaciais que possam chagar a velocidade da luz ou até mesmo dobrar essa velocidade 5,6,7,ou até 8 vezes sera que é possivel?
No nosso estágio atual de tecnologia não há possibilidade.

Quanto tempo leva para chegar a marte?
Uma viagem a Marte toma de 18 a 24 meses.

Quanto tempo durara a viagem ate marte?
Uma missão a marte toma de 18 a 24 meses para lá chegar. A volta pode ser mais curta, pois pode-se usar a força do sol para tal viagem.


O homem foi mesmo a lua? Tem como provar?
Existe a documentação na NASA, o depoimento dos observadores internacionais e as milhões de pessoas que assistiram a descida ao vivo

Qual foi o 1º satélite enviado do Brasil?
O Brasil ainda não lançou qualquer satélite ao espaço.

Como seria a vida se a água acabasse?
Acabaria, também.

Antigamente estimava-se cerca de 200 bilhões de planetas da via lactea, e cerca de 1% poderia haver vida, perfazendo algo em torno de 200 mil planetas. Hoje esta estimativa ainda é válida?
Não. Estimativas mais recentes da chamada "Equação de Drake", esta a que você se refere, indica que planetas com vida não passariam de 100.

Os astrônomos acreditam em vidas em outros planetas?
Não posso falar "pelos astrônomos" no que eles acreditam ou não. Posso dizer que há muitos esforços para detectar vida em outros planetas e outros sistemas solares. Infelizmente, não tivemos sucesso nessa empreitada.

dentro das viagens espaciais , qual seria a utilidade da criogênia?
A criogenia tem a função de resfriamento. Para a navegação, só tem sentido na utilização de energia nuclear, para o resfriamento dos componentes expostos à produção da energia térmica (caso dos submarinos nucleares).

existe agua em outros planetas?
Existe, sim. Os cometas são os mais abundantes em água. Somente que não em estado líquido.

Se fosse possível uma viagem à Galáxia M31 (Andrômeda), quanto tempo levaríamos para chegar até lá (não em anos-luz)? E quanto tempo de viagem à velocidade de 26 mil km/h, chegaríamos à Riguel, na constelação de Órion?
M31 está a aproximadamente 2 milhões de anos-luz do sol. Rigel está a cerca de 1400 anos-luz do sol. Para chegarmos lá a essa velocidade levaríamos cerca de 58 milhões de anos.


NO FILME CONTATO AS ONDAS DE RADIO DA TERRA CHEGARAM ATÉ UM PLANETA 26 ANOS-LUZ DE DISTANCIA DE NÓS,E VOLTARAM EM MAIS 26 ANOS,COMO IMAGENS.ALGUEM A 26 ANOS LUZ SERIA CAPAZ DE VISUALIZAR IMAGENS DA TERRA ATRAVÉS DE TELESCÓPIOS? HAVERIA LIMÍTES PARA RESOLUÇÃO DE IMAGENS QUE JÁ PERTENCEM AO PASSADO?
O tema do filme é a recepção de sinais de televisão emitidas da terra e que tomaram 26 anos para chegar ao outro planeta. Uma civilização adiantada como inventada no filme decodificaria facilmente esses sinais (de fato, o trabalho do SETI, instituição que Carl Sagan atribui sua origem mítica no filme, faz exatamente isso - ver em seti@home -, procura por indícios de sinais codificados). Se quisesse responder, como o fez no filme, retransmitiria com a mesma codificação, já que seria a forma mais fácil de estabelecer contato.

Pode se acreditar em vida em outros planetas?
Acreditar é uma questão de foro íntimo e eu não vou discutir. O que posso dizer é que não há razão para que não existam planetas onde a vida existe. Agora, vida inteligente é muito mais difícil. Tire pela história da terra. Dos 2,5 bilhões de anos de existência de vida na terra, apenas uns 10.000 anos há civilização. Divida isso pelo primeiro valor e você terá a probabilidade de encontrar gente inteligente em um planeta com vida.

O que se conhece sobre a existência de água, seja ela na forma líquida, sólida ou gasosa no nosso sistema solar?
Água líquida só se conhece na terra. Sabe-se da existência de gelo em grandes planetas e seus satélites. Alguma coisa de vapor d água em Vênus. É só.


É possível a existência de água no estado líquido na superfície da Lua?
Se fosse possível, a lua teria água, já que a sua órbita solar é semelhante à da terra. Acontece que a lua não tem força suficiente para reter atmosfera (ela tem uma muito tênue). A água, que por ventura, esteve ali, já evaporou

como os robos em marte saem de uma situação de encalhe em marte?
Os robots são projetados para "não encalharem". Quando uma situação intransponível aparece, sinais são enviados à terra para que o pessoal procure caminhos alternativos. Mesmo quando aparecem defeitos há formas de repará-los. São poucas as alternativas de situações sem solução.

se um astronauta se expor (no espaço) sem seu capacete para proteção, ele primeiro explode ou congela?no filme Marte Ataca, nesta condição, ocorre primeiro o congelamento. Mas há alguns artigos discordando desta hipotese.
Nosso corpo é adaptado para viver na atmosfera dentro de uma faixa de pressão atmosférica. Para isso, os componentes orgânicos de nosso corpo e sua dinâmica produzem uma pressão que equilibra a pressão externa, da atmosfera. A ausência dessa pressão externa provoca um desiquilíbrio em nosso organismo e há o colapso: os vasos se dilatam, os líquidos evaporam e pode haver uma das duas coisas, de acordo com as condições do vácuo: todos os líquidos ferverem ou sua sublimação lenta provocando uma "mumificação" do corpo.


Uma viagem até o exoplaneta HD 189733 b, que está a 63 anos-luz da terra, levaria?
Num carro a 100 quilometros por hora: 672 milhões de anos.

Num trem-bala a 300 quilometros por hora: 225 milhões de anos

Num avião a 965 quilometros por hora: 67 milhões de anos.

Na velocidade da sonda NEW HORIZONS, o mais rápido já construido pelo homem, que atingiu 82000 quilometros por hora no espaço: 82800 anos.

Comunicação demorada: O tempo necessário pra que uma mensagem vinda do espaço chegue a terra, por meio de ondas eletromagnéticas, é de:

1 segundo se for enviada da Lua.

10 minutos se for enviada de marte

1:30 Uma hora e meia se for enviada de Jupiter.

63 anos se for enviada do HD 189733 b.



CURIOSIDADES


A terra vai parar de girar?
Sim, teoricamente, em muitos bilhões de anos, após um lento processo de desaceleramento. O dia durará então um ano, e o Sol aparecerá sempre na mesma posição no céu. No entanto, muito antes de chegar lá, os terrestres -se ainda existirem- assistirão a um espetaculo extraordinário: a Lua permanecerá paralisada no céu, e a duração de um dia terrestre será equivalente a um mês lunar (que valerá então muito e muitos meses). Terra e lua estarão em rotação sincrônica. Essa primeira etapa chegará em alguns bilhões de anos.

A causa desse dia sem fim é dupla: de um lado, a presença da lua e do sol; do outro, o fato de a terra ser um planeta maleável. As marés lunares (ou solares) deformam a terra, que está que está longe de ser um corpo totalmente rigido. Como a terra gira ao redor de si mesma mais rapidamente que a lua ao redor da terra, essa deformação não acontece na direção da lua, o que exerce um efeito de freio. Uma parte da energia da rotação da terra é, assim, dissipada. Resultado: a velocidade de rotação do planeta sobre si diminui.

Dito de outro modo, a duração do dia aumenta. Quando as duas velocidades estão sincronizadas, chega-se a uma situação de equilibrio, e tudo pára. O dia dura então um mês lunar. Mas, como as marés solares continuam a agir, a duração do dia aumenta até atingir o periodo de revolução da terra ao redor do Sol. Sol e terra entram então em rotação sincrônica.

Quanto tempo leva da Terra a Saturno?
A sonda Voyager 1 foi lançada em meados de 1977 e enviou suas fotos de Saturno em 1991. São 14 anos portanto.


Não seria equivocada a afirmação de que só há vida onde há água? ou oxigênio? dessa forma não estariamos " forçando a barra " de que outros seres necessariamente seriam como nós?
Não conhecemos outra forma de vida senão aquela baseada em polímeros de carbono. Sequer conhecemos polímeros de outra coisa!

Porque não é utilizada a ciência de nome "PSICOMETRIA" para conhecimento dos planetas que o homem já possui material?
Por que teria que se chamar assim. O radical psi refere-se ao conteúdo da mente humana (do grego psiquê) e não ao "homem" propriamente dito. Seria melhor chamar "antropometria", mas nem assim valeria a pena pois a coleção de material coletado das planetas não são suficientes para criar uma ciência.

Como tem que ser uma nave para os humanos até Saturno?
Até o momento não se tem uma proposta definitiva para esse tipo viagem.

A dobra espacial, ou velocidade de dobra, mostrada na série Jornada nas Estrelas é uma tolice total ou possui algum embasamento científico que possa ser desenvolvido no futuro?
Não é tolice. É ficção. A física atual, melhor dizendo, a Teoria da Relatividade de Einstein mostra que é impossível ultrapassar a velocidade da luz.

Existe alguma possibilidade de vida em alguma estrela?
Estrelas são corpos onde a temperatura mínima está a vários milhares de graus. A condição para a existência de vida é a água líquida. A água líquida só é possível entre 0 e 100 graus. Logo, a vida em estrela é uma possibilidade remota.


CURIOSIDADES


Uma pessoa que olhar a Terra da Lua também verá o céu azul?
Não. Verá o céu escuro. O que dá cor ao céu é a atmosfera do planeta.

Perdidos no espaço:O lixo espacial representa grande perigo para as espaçonaves; de acordo com pesquisa realizada pelo Comando de Defesa Aérea dos EUA, constatou-se que existem 6194 objetos perdidos no espaço, isso sem contar os 40 mil fragmentos milimétricos que não puderam ser detectados.
Se o céu pudesse cair sobre nossas cabeças, como temiam os povos antigos, iria ser um estrago e tanto. Afinal, estão em órbita no espaço, segundo as contagens mais recentes do Comando de Defesa Aérea dos Estados Unidos, exatamente 6194 objetos perdidos, cujos tamanhos variam de uma bola de tênis a uma geladeira. São pedaços de foguetes inutilizados, restos de satélites que se desintegraram, destroços de explosões e até uma chave de parafuso largada por um astronauta do projeto Gemini, há quase vinte anos.

Esse lixo espacial preocupa os cientistas pelo perigo que representa para as astronaves. De fato, a velocidade dos destroços é tão grande que eles podem causar estragos semelhantes ao de uma pedrada no pára-brisa de um automóvel em movimento. Além desses objetos voadores identificados, calcula-se que existam cerca de 40.000 fragmentos milimétricos que não puderam ser detectados. E a NASA prevê que a quantidade de lixo espacial deve dobrar até a próxima década. A agência espacial divulgou uma imagem gráfica de computador, mostrando a localização dos milhares de destroços em órbita. É como se a Terra estivesse cercada por uma enorme nuvem de poeira.


Por que o Sol muda de cor durante o dia?
A luz solar não é amarela nem vermelha, é branca. O branco resulta da soma das sete cores do arco-íris — o violeta, o azul, o anil, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. Nós enxergamos o Sol com tonalidades diferentes, ao longo de um dia, porque a atmosfera filtra os seus raios, separando as cores. "A nossa percepção do Sol muda por causa das irregularidades na camada de ar que envolve a Terra e pela distância que a luz percorre na atmosfera", explica o físico Henrique Fleming, da Universidade de São Paulo. Existem partículas de poeira, poluição e gotículas d’água infiltradas entre as moléculas de gás que compõem a atmosfera. Quando o Sol está alto, as cores formadas por ondas de maior amplitude contornam essas partículas e as moléculas. Mas as menores (o violeta, o azul e o anil) não conseguem se desviar e trombam, espalhando-se. Com isso, tingem o céu de azul e o Sol fica amarelo, que é a soma das cores restantes: o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. À medida que o Sol vai se pondo, seus raios têm que atravessar um pedaço maior da atmosfera, colidindo com mais obstáculos. Afinal, no crepúsculo, até as ondas longas, laranja e vermelho, acabam trombando e se desviando, avermelhando gradativamente o horizonte (embora o resto do céu continue azul). A vermelha é a última onda de luz que consegue cruzar a atmosfera e nos atingir, por isso o astro-rei fica vermelho no pôr-do-sol. Por fim, o céu fica preto com a ausência de luz: não chega mais nenhuma cor e nem se vê mais nenhum espalhamento, pois o Sol está abaixo do horizonte.

Entenda como o ângulo entre a luz do Sol e a Terra muda a cor do céu e do Sol.

A luz branca do Sol é composta de todas as cores.

Ao meio-dia, a luz do Sol atravessa um trecho menor de atmosfera. O violeta, o azul e o anil se espalham pelo céu e os raios solares chegam amarelos aos nossos olhos.

No final da tarde, a luz entra inclinada e passa por um longo pedaço de atmosfera, trombando nas partículas. O verde e o amarelo também se espalham, e só o laranja e o vermelho chegam aos nossos olhos.

1 - Ondas compridas de luz, como o vermelho, contornam os obstáculos sem dificuldades.

2 - Ondas curtas, violetas, anis e azuis, batem e se espalham pelo céu, pintando-o. O Sol é amarelo porque essa cor é a mistura das ondas longas que chegam: verde, amarelo, laranja e vermelho.


CURIOSIDADES


PORQUE O CÉU É AZUL?
A resposta está em como os raios solares interagem com a atmosfera.
Quando a luz passa através de um prisma, o espectro é quebrado num arco-íris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma espécie de prisma onde os raios solares colidem com as moléculas e são responsáveis pelo dispersão do azul.

Quando olhamos a cor de algo, é porque este "algo" refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a um comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotossíntese, menos o verde, porque esta foi refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as minúsculas moléculas da atmosfera difundem melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e violeta. As moléculas estão espalhadas através de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade.

Luz azul é dispersada dez vezes mais que luz vermelha.
A luz azul tem uma frequência ( ciclos de onda por segundo ) que é muito próximo da frequência de ressonância dos átomos, ao contrário da luz vermelha. Logo a luz azul movimenta os elétrons nas camadas atômicas da molécula com muito mais facilidade que a vermelha. Isso provoca um ligeiro atraso na luz azul que é re-emitida em todas as direções num processo chamado dispersão de Rayleigh ( Físico inglês do século 19 ). A luz vermelha, que não é dispersa e sim transmitida, continua em sua direção original, mas quando olhamos para o céu é a luz azul que vemos porque é a que foi mais dispersada pelas moléculas em todas as direções.

Luz violeta tem comprimento de onda menor que luz azul, portanto dispersa-se mais na atmosfera que o azul. Porque então não vemos o céu violeta ? Porque não há suficiente luz ultravioleta. O sol produz muito mais luz azul que violeta.
Quando o céu está com cerração, névoa ou poluição, há partículas de tamanho grande que dispersam igualmente todos os comprimentos de ondas, logo o céu tende ao branco pela mistura de cores. Isso é mais comum na linha do horizonte.
No vácuo do espaço extraterrestre, onde não há atmosfera, os raios do sol não são dispersos, logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador. Devido a isso os

astronautas vêem um céu negro.
Em Júpiter o céu também é azul porque ocorre o mesmo tipo de dispersão do azul na atmosfera do planeta como na Terra. Porém em Marte o céu é cor de rosa, ja que há excessiva partículas de poeira na atmosfera Marciana devido à presença de óxidos de ferro originários do solo. Se a atmosfera de Marte fosse limpa da poeira, ela seria azul, porém um azul mais escuro já que a atmosfera de Marte é muito mais rarefeita.


Por que a Lua fica amarelada de vez em quando?
O fenômeno é ocasionado pela dispersão da luz. Como a Lua não tem luz própria, ela reflete a luz do Sol, que é branca – resultado da soma de todas as cores. Quando atravessa a atmosfera do nosso planeta, a luz refletida pela Lua se dissipa pelo ar. Em contato com as moléculas dos gases que compõem o ar (oxigênio, nitrogênio e hidrogênio), algumas cores, como o violeta, o azul e o verde, podem se dispersar a ponto de se tornarem imperceptíveis. É o que acontece quando a Lua está mais próxima do horizonte – ao amanhecer ou anoitecer. "Nesses momentos, a luz penetra a parte da atmosfera mais próxima do chão e, para isso, tem de atravessar uma camada mais densa de ar. Nesse processo, perde boa parte de sua cores azul e verde. Sobram muito amarelo, laranja e vermelho. A mistura dessas cores é que dá o tom amarelado", diz Luiz Nunes de Oliveira, professor do Instituto de Física de São Carlos (USP). Quando está bem no alto do céu, a luz refletida pela Lua conserva a cor original, que é o branco. Isso porque o ar é mais rarefeito em altitudes elevadas, fazendo com que a perda das tonalidades luminosas verde, azul e violeta seja bem pequena.


Da bússola ao buraco negro

A bússola
Apareceu lá pelo século 2 a.C., na China. Mas ela ainda não era usada em navios. A bússola prestava serviços para o feng shui, "indicando" onde enterrar os mortos, por exemplo. Mais de 1 000 anos depois marinheiros começaram a usar o poder dos ímãs, que sempre apontam pro norte, para não se perderem no meio do oceano. Era a primeira aplicação realmente útil do...

Eletromagnetismo

Mas só começaram a entender melhor essa força bem depois, no século 19. Foi quando o físico Michael Faraday descobriu que os ímãs podiam gerar energia. Intrigado com suas experiências, o inglês lançou uma hipótese: a força magnética e as ondas de luz teriam a mesma natureza. Seriam como duas faces da mesma moeda. Isso inspirou outro físico, o escocês...

James Maxwell

E ele descobriu que, sim, os raios de luz são uma forma de eletromagnetismo. Mas não ficou nisso. Maxwell mostrou que os raios "fogem" quando são perseguidos. Eles sempre vão passar por você a 1,08 bilhão de km/h. Não importa se você está parado ou quase na mesma velocidade do raio. Isso desafiou a lógica. E encafifou o alemão...

Albert Einstein

Até que em 1905 ele concluiu que o tempo e o espaço "se ajustam" para que a velocidade da luz se comporte daquele jeito. Nascia a Relatividade. Em 1916 o alemão aplicou os fundamentos dessa idéia para mostrar que a gravidade é fruto de uma geometria invisível do espaço e do tempo. Essa visão abriu as portas para conceitos bizarros, como o dos...

Buracos negros

As equações da Relatividade já sugeriam que esses monstros capazes de tragar tudo para além do tempo e do espaço existem. E olha que tudo começou com uma bússola, como disse Einstein: "O fato de a agulha apontar sempre para o mesmo lugar me mostrou, aos 5 anos de idade, que deveria haver algo escondido por trás das coisas". Havia mesmo.


Para onde aponta a bússola no espaço?
O instrumento se orienta através do campo magnético, e o espaço está recheado desses campos, sendo impossível uma orientação pela bússola.

O ângulo do Sol revela sua latitude
Como determinar com observações astronômicas simples a latitude de uma cidade.

Nos dias próximos ao solstício de verão, 21 de dezembro, você pode determinar com observações astronômicas simples a latitude de sua cidade. Pegue uma vareta de 1 metro de comprimento e coloque-a em posição vertical sobre um terreno bem plano.

A vertical pode ser conferida com um prumo ou um simples fio com um chumbinho preso na ponta. A cada 5 minutos, faça um sinal na ponta da sombra projetada pela vareta.

Comece o trabalho por volta das 12h30 (horário de verão) e continue por uma hora. Meça, em centímetros, as distâncias do pé da vareta até as marcas feitas na ponta da sombra. Anote o menor comprimento e multiplique por 0,57.

O resultado será o ângulo que você está no Trópico de Capricórnio. Como esse paralelo fica a 23,5 graus ao sul do equador, some o ângulo que você achou a 23,5 se a sombra passou ao sul da vareta; diminua se a sombra passou ao norte.

Por exemplo, se você mediu 10 cm para o sul, estará a 292. graus do equador. Confira em seu Atlas para ver se você é um bom cartógrafo!


O bombardeio dos asteróides
Um pequeno telescópio de 70 anos de idade e um CCD, instrumento que conta partículas de luz, revelaram que asteróides de pelo menos 10 metros de diâmetro passam muitas vezes mais perto da Terra do que se imaginava.

Um pequeno telescópio de 70 anos de idade e um CCD -instrumento que conta partículas de luz - revelou que asteróides de pelo menos 10 metros de diâmetro passam muito mais vezes perto da Terra do que se imaginava.

Segundo David Rabinowitz, da Universidade do Arizona, Estados Unidos, eles são precisamente 100 vezes mais numerosos: 50 deles tangenciam nosso planeta diariamente. Inúmeras colisões no cinturão de asteróides existentes entre Marte e Júpiter seriam a causa do bombardeio à Terra.

Uma vez a cada século, um asteróide de 30 a 100 metros de diâmetro cai no campo gravitacional da Terra e se desintegra a meros 10 quilômetros do solo - a última explosão do gênero teria ocorrido sobre a Sibéria, em 1908.

Os resultados da pesquisa, chamada de Spacewatch, só foram possíveis graças ao CCD - sem ele, objetos de menos de 300 metros de diâmetro não são detectados. Os próximos passos serão listar possíveis candidatos a uma colisão com a Terra e imaginar meios de evitá-la.


Viajar ao céu é mais simples do que parece:
Dicas com mapas para reconhecer as estrelas mais brilhantes durante as noites de dezembro a fevereiro.


Povoadas de brilhantes estrelas na época das férias, as noites quentes de dezembro a fevereiro representam um manancial de maravilhas que podem ser descobertas mesmo por leitores totalmente leigos no assunto. A melhor maneira de explorar o céu é em grupo, crianças e adultos seguindo juntos um conjunto de regras muito simples, mas precisas.

Para usar todo o potencial de seus olhos, não olhe para ambientes iluminados durante o tempo em que estiver observando o céu. O olho leva cerca de meia hora para se ajustar às condições de escuridão total. Use, se necessário, uma lanterna pequena, cobrindo o facho com uma folha de papel fino. Arrume um lugar confortável e siga os mapas ao lado.

Eles são projetados para o início da noite do final de dezembro e todo o mês de janeiro. Cada um dos quatro mapas ao lado são ampliações de partes do céu e servem para reconhecer as estrelas mais brilhantes. Assim que você conseguir identificar uma estrela, explore sua vizinhança usando o mapa completo da página anterior.

A partir da ilustração ao lado, as Três Marias serão nossas guias na noite. Igualmente espaçadas e quase iguais em brilho, é muito fácil achá-las olhando para o leste, um pouco acima do horizonte. Não é à toa que muitos povos as conhecem. Para os portugueses, elas são os Três Reis Magos. Para os ingleses, três rainhas. Para os beduínos, três pérolas. Para os esquimós, três pescadores perdidos no mar. Para os gregos, a flecha com que a deusa protetora Diana matou Orion, o caçador.

Mintaka, Alnilam e Alnitak são os nomes oficiais das estrelas do trio. Mintaka está quase exatamente sobre o equador celeste: sua posição no horizonte, ao nascer, demarca o ponto cardeal Leste; o ponto em que se põe assinala o Oeste.

Ao contrário de muitos outros grupos de estrelas, as Três Marias estão realmente próximas entre si; da Terra, distam cerca de 1 300 anos-luz (1 ano-luz são 9,5 trilhões de quilômetros). Ao lado de Alnitak, com o céu muito escuro e transparente, se vê com luneta a famosa nebulosa da Cabeça do Cavalo.

Orion - constelação à qual pertencem as Três Marias - domina o céu de verão. Duas estrelas bem brilhantes de Orion ladeiam o trio à mesma distância: à esquerda, Betelgeuse, e à direita, Rigel. A distância delas até as Três Marias é igual à de um punho fechado, projetado contra o céu, mantendo o braço esticado. Betelgeuse é uma supergigante vermelha, em estado avançado de evolução.

Está a 640 anos-luz e é tão grande que, se estivesse no lugar do Sol, engoliria todos os planetas até Marte. Rigel é uma supergigante azul, muito jovem e quente, a 800 anos-luz. À direita das Três Marias, em diagonal, se pode ver uma fileirinha de estrelas, formando a espada de Orion. Não muito longe daí se acha Sirius, a estrela de maior brilho aparente de todo o céu.

Ela fica praticamente sobre a linha imaginária que liga as Três Marias, como Aldebaran. Ambas distam do trio cerca de um palmo (projetado contra o céu, com o braço esticado). Sirius está a 8,8 anos-luz e é uma das estrelas mais próximas do Sol.

Em torno dela, os antigos imaginaram uma figura a que deram o nome de Cão Maior. Nesse cenário de caça, Orion persegue o Touro, que pode ser achado através de Aldebaran. Esta fica em posição simétrica a Sirius, em relação às Três Marias - na direção noroeste, à esquerda e acima daquele trio.

Segundo a mitologia, Aldebaran representa o olho do Touro branco em que Zeus teria se transformado para raptar Europa, a princesa dos fenícios.

A partir daqui, saltando de constelação, o leitor está preparado para explorar uma parcela considerável do céu. Na página seguinte, as linhas coloridas nos mapas mostram as distâncias que se devem saltar, e em que direção, para encontrar marcos fundamentais entre os astros.

No mapa 1, ainda na região de Orion, chega-se às estrelas Canopus e Capella. No mapa 2, salta-se para a região de Achernar e Fomalhaut. No mapa 3, afinal, encontra-se o mais distante objeto visível a olho nu, a galáxia de Andrômeda, a 2,2 milhões de anos-luz. Antes disso, vale a pena explorar um pouco mais a vizinhança de Aldebaran.

Ao seu lado, em forma de "V", está, por exemplo, o aglomerado aberto das Hyades, que contém 100 estrelas espalhadas em uma região de 16 anos-luz de extensão.

As Hyades estão a 137 anos-luz de nós. Esta distância é a pedra fundamental sobre a qual se assentam todas as outras distâncias cósmicas: grandes erros na distância das galáxias se devem a pequenos erros na determinação da distância das Hyades. Esse aglomerado é bem jovem para os padrões cósmicos: 600 milhões de anos.

As Plêiades, um grupinho de estrelas acima e à esquerda das Hyades, são parte de um aglomerado aberto ainda mais jovem: 50 milhões de anos. Estão três vezes mais distantes que as Hyades, ocupam um espaço um pouco menor que o delas (num diâmetro de 13 anos-luz) e somam 120 estrelas.

No Brasil, elas são conhecidas por vários nomes, como Chave de São Pedro ou Setestrelo. Na mitologia, eram as sete irmãs do gigante Atlas que sustentava as colunas do mundo. Um jogo divertido consiste em pedir a várias pessoas que digam quantas estrelas conseguem ver. Os números dão idéia da acuidade visual das pessoas, favorecendo os mais jovens.

Procyon, bem próxima do Sol, a apenas 114 anos-luz, pode ser achada a partir de Sirius e Betelgeuse (fica a igual distância das duas, mais para leste). E abre caminho para se achar Gêmeos, se já estiver acima do horizonte.

Usando Andrômeda pane» a mesma distância que une Procyon a Sirius ou Betelgeuse, olhando para a esquerda, vê-se um grupinho de três estrelas. A mais brilhante e vermelha, na verdade, é Marte, que por volta da metade de dezembro estará alinhado com as duas estrelas principais de Gêmeos: Pollux (a 36 anos-luz) e Castor (46 anos-luz).

Na mitologia, os Gêmeos eram irmãos da célebre Helena de Tróia. Vamos expandir mais ainda nossos horizontes para norte e para sul (veja o primeiro mapa na página anterior). A distâncias iguais de Procyon, logo acima do horizonte, surgem duas estrelas bem brilhantes.

Capella, a mais brilhante da constelação do Cocheiro, fica ao norte a 46 anos-luz, e Canopus, a estrela mais brilhante de Carina, fica ao sul, a 200 anos-luz. De frente para Procyon, pode-se enxergar as duas sem precisar mover a cabeça. Canopus é uma amostra de gigante amarela.

Para explorar o mapa do meio na página anterior, fique de frente para o sul, olhe para leste e relembre a posição de Sirius e Canopus. À direita de Canopus, a uma distância quase igual à de Sirius-Canopus, um pouco mais alta no céu, há uma estrela relativamente brilhante e isolada. É Achernar, de cor azul e a 127 anos-luz.

A uma distância também igual à de Canopus-Acherhar, mas na direção do oeste, está Fomalhaut, de brilho menor. Girando a cabeça para o oeste, se vê Saturno e, se não for muito tarde, o brilhante planeta Vênus.

Ao Sul, entre Canopus e Achernar, um pouco mais baixas no horizonte, estão duas manchas luminosas: as Nuvens de Magalhães, chamadas no interior do Brasil de Covas de Adão e Eva. São os dois corpos fora de nossa galáxia mais fáceis de ver a olho nu. Elas próprias são galáxias pequenas, satélites da nossa.

A Grande Nuvem de Magalhães está a 170 mil anos-luz. A mancha que você está vendo tem 23 mil anos-luz de tamanho e contém 10 bilhões de sóis. Note que a luz que agora chega a seus olhos começou a viagem das Nuvens de Magalhães na época em que o ser mais evoluído da Terra era o homem de Neandertal.

Ao lado da pequena Nuvem de Magalhães você poderá ver, mesmo a olho nu, o aglomerado globular 47 Tucanae, um grupo de estrelas muito velhas: 10 bilhões de anos. Ele contém cerca de 100 mil estrelas e está a 17 mil anos-luz. Pertence, portanto, à Via Láctea. Afinal, gire sua cadeira 90 graus para a direita para chegar ao último mapa. A partir de Saturno, indo para o alto do céu, estão várias constelações que representam coisas ligadas à água: Aquário, Peixes, a Baleia, o Rio Erídano e Áries, a cabra marinha.

Procure um grande quadrado formado por quatro estrelas não muito brilhantes, logo acima do horizonte. É a constelação do Pégaso, conhecida desde 500 a. C. Um pouco mais abaixo do Pégaso, à direita, está a constelação de Andrômeda. Localize a estrela Mirach.

Um pouco abaixo e à esquerda dessa estrela, está a famosa galáxia de Andrômeda. Se o céu estiver limpo e escuro, vale a pena gastar tempo para achar essa manchinha esbranquiçada onde se agrupam 300 bilhões de estrelas.

Afinal, ela deu aos astrônomos uma idéia da própria galáxia em que o homem nasceu - que, por viver em seu interior, não pode ter uma idéia direta da maravilha que ela representa por inteiro.



CURIOSIDADES


O ano cósmico:
Momentos importantes no desenvolvimento do planeta Terra, verificados através do ano cósmico, uma fórmula desenvolvida para que se possa compreender o real significado da idade do Universo.

 
O homem aprendeu a medir os acontecimentos da vida pela contagem dos anos, décadas, séculos e milênios. Mas existe uma fórmula melhor para se compreender o que costuma ser quase incompreensível - o real significado da idade do universo. Trata-se de condensar seus presumíveis 15 bilhões de anos de existência em um único ano, o Ano Cósmico. Assim, cada bilhão de anos da Terra corresponde a mais ou menos 24 dias desse ano cósmico e um segundo vale aproximadamente 500 anos.

Nas páginas seguintes você vai encontrar informações de alguns dos momentos cruciais do desenvolvimento do planeta Terra. A mente humana não conseguiu descobrir quando precisamente tudo aconteceu desde o primeiro segundo do dia 1º de janeiro, mas alguns fatos podem ser presumidos com razoável margem de acerto. Por exemplo:

. lº de janeiro: Grande explosão

. 1º de maio: Origem da Via Láctea

. 9 de setembro: Origem do sistema solar

. 14 de setembro: Formação da Terra

A partir dessa data os dados são apresentados em pormenores de modo a ser possível descrever o último dia do calendário, que corresponde a um resumo de toda a história reconhecida do planeta Terra supondo o surgimento da vida no dia 25 de setembro do nosso hipotético calendário.

O despertar de um planeta

O imaginário ano cósmico revela o incrível tempo gasto na formação de um planeta, um corpo sólido no espaço. Mostra também a relativa rapidez com que a vida se instalou na recém-nascida Terra. Isso leva alguns cientistas a supor que a vida não é um fenômeno tão raro como já se imaginou. Senão, vejamos: da grande explosão que originou o Universo, passam-se aproximadamente 260 dias cósmicos até o surgimento da Terra que, em apenas onze dias cósmicos, gera a vida.

A substância do planeta transformada em matéria viva caminha em velocidade crescente a níveis de estrutura cada vez mais sofisticados: moléculas com limitada capacidade de alto-duplicação, surgidas em meados de setembro, já em outubro evoluem para complexas bactérias e algas - seres que, apesar da aparente simplicidade, supõem o funcionamento harmônico de milhares de variedades moleculares.

A descoberta do sexo pelos microorganismos em 1º de novembro cósmico, e a conseqüência de troca de informações genéticas, ampliam assustadoramente a velocidade da evolução, premiando a Terra com as primeiras células dotadas de núcleo, bem como plantas capazes de utilizar a energia solar para a produção de alimentos e a liberação de um gás muito importante para o planeta: o oxigênio.

Desponta dezembro e a marcha dos seres vivos não conhece mais obstáculos. Após a conquista do mar pelo plâncton e os invertebrados, estes avançam sobre a terra firme; após algumas horas o céu também está vivo, repleto de insetos alados.

Para não perder de vista as dimensões de tempo aqui envolvidas, lembremos que no dia 16 de dezembro cósmico a mais sofisticada forma de vida existente na Terra eram os vermes. Oito dias depois já existem os brontossauros com 20 m de comprimento e outras tantas toneladas de peso.

25 de Setembro - Origem da vida na Terra.

9 de Outubro - Presença dos primeiros organismos (bactérias e algas verdes-azuladas).

1º de Novembro - Formação das rochas mais antigas de que se tem conhecimento. Os microorganismos começam a se reproduzir sexualmente.

12 de Novembro - Aparecimento dos fósseis mais antigos de plantas fotossintéticas.

15 de Novembro - Origem das eucariotas (primeiras células providas de núcleo).

16 de Dezembro - Aparecem os primeiros vermes.

17 de Dezembro - Era Paleozóica e Período Cambriano. Os invertebrados povoam o planeta.

18 de Dezembro - Origem do plâncton oceânico. Prosperam os trilobistas.

19 de Dezembro - Período Ordoviciano. Os primeiros peixes povoam as águas e alguns se arriscam em terra firme.

20 de Dezembro - Período Siluriano. Origem das plantas vascularizadas que conquistam a Terra.

22 de Dezembro - Surgimento dos primeiros anfíbios. Os insetos alados povoam o céu.

23 de Dezembro - Período Carbonífero. Surgem as primeiras árvores. Inicia-se o império dos répteis.

24 de Dezembro - Início do Período Permiano. Os répteis atingem o seu apogeu com os dinossauros.

26 de Dezembro - Período Triássico. Menores e mais adaptados às mudanças do meio ambiente, os mamíferos iniciam a sua escalada.

27 de Dezembro - Período Jurássico. Depois dos insetos e dos répteis é a vez das aves descobrirem os céus.

28 de Dezembro - Período Cretáceo. Surgimento das primeiras flores. Os dinossauros desaparecem do planeta.

29 de Dezembro - Início da Era Cenozóica e do Período Terciário. Através dos cetáceos os mamíferos povoam os mares. Nas florestas a saga humana se inicia com os primatas.

30 de Dezembro - Evolução inicial dos lobos frontais nos cérebros dos primatas. Aparecimento dos primeiros hominídios que convivem com mamíferos gigantes.

Em segundos, a inteligência

13h30m-Origem do Proconsul e do Ramapithecus, prováveis antepassados dos antropóides e do homem.

22h30m-Primeiros homo sapiens.

23h-Dissemina-se o uso de instrumentos de pedra.

23h46m-O homem de Pequim domestica o fogo.

23h56m-Início do período glacial mais recente.

23h58m-Navegantes descobrem a Austrália.

23h59m-Nas cavernas da Europa o homem inicia a história da arte.

23h59m20s-O homem começa a cultivar o seu alimento.

23h59m35s-A civilização neolítica cria as primeiras cidades.

23h59m50s-Na Suméria e no Egito surgem as primeiras dinastias. A astronomia entra em pleno desenvolvimento.

23h59m51s-Invenção do alfabeto.

23h59m53s-Guerra de Tróia. Desenvolve-se a metalurgia em bronze. Invenção da bússola.

23h59m54s-Fundação de Cartago. Desenvolve-se a metalurgia em ferro.

23h59m55s-Nascimento de Buda.

23h59m56s-Império Romano. Nascimento de Cristo.

23h59m57s-Zero e decimais na aritmética indiana.

23h59m58s-Civilização Maia. Império bizantino. Invasão mongol. Cruzadas.

23h59m59s-A Europa vive o Renascimento. Viagens de descobrimentos empreendidas pelos europeus e pela dinastia Ming da China. Criação do método experimental científico. Primeiro segundo do Ano Novo, o Agora - Desenvolvimento da ciência e da alta tecnologia. Surgimento de uma cultura global. Criação de meios de destruição do planeta e da espécie humana. Naves espaciais exploram outros planetas na busca de uma inteligência extraterrestre.

1. A gravidade não é uniforme:
Ainda que os cientistas desconheçam o motivo, o verdadeiro é que a força gravitacional varia à medida que nos deslocamos pelo planeta, de maneira que nosso peso não é objetivamente o mesmo no Brasil e em Portugal, por exemplo.Crê-se que as causas podem estar relacionadas às profundas estruturas subterrâneas e ter alguma relação com a aparência da Terra num passado longínquo. Atualmente, dois satélites gêmeos do programa GRACE escrutam meticulosamente o planeta para elaborar um mapa gravitacional mais detalhado.

2. A atmosfera foge:
Algumas moléculas situadas no limite da atmosfera terrestre incrementam sua velocidade até o limite que lhes permite escapar da força gravitacional do planeta. O resultado é uma lenta, mas constante fuga do conteúdo de nossa atmosfera para o espaço exterior. Devido a seu menor peso atômico, os átomos soltos de hidrogênio atingem sua velocidade de escape com mais facilidade e sua saída para o espaço é a mais freqüente. Felizmente para a vida em nosso planeta, o abundante oxigênio preserva a maior parte do hidrogênio bloqueando-o em moléculas de água e o campo magnético da Terra protege o planeta da fuga de íons.


3. A rotação não é constante:
A velocidade com que a Terra gira sobre seu próprio eixo não é constante, senão que sofre pequenas alterações que fazem variar a duração de nossos dias. Mediante a sincronização de diferentes radiotelescópios desde diferentes latitudes, e graças aos modernos sistemas de GPS, os cientistas conseguiram medir com precisão estas pequenas variações na velocidade de rotação e constataram que a maior delas se produz entre os meses de janeiro e fevereiro, quando os dias são mais longos por uns poucos milésimos de segundo. Esta variação deve-se à interação gravitacional da Terra e a Lua, mas também pela forte atividade da atmosfera no hemisfério norte e a fenômenos meteorológicos como "El Niño". Por pôr um exemplo, alguns experientes acham que a tsunami da Indonésia reduziu a duração do dia em 2,68 milionésimos de segundo

4. Os cintos de Van Allen::
Ao redor da Terra existem zonas de alta radiação – uma interior e outra exterior - denominadas cinturões de Van Allen (em honra ao seu descobridor) e situadas a uma altura de 3.000 e 22.000 km sobre o equador. Estes cinturões são formados por partículas de alta energia, sobretudo prótons e elétrons, cuja origem esteja provavelmente nas interações do vento solar e dos raios cósmicos com os átomos constituintes da atmosfera. A potência da radiação é tal que os cinturões são evitados pelas missões espaciais tripuladas, dado que poderiam aumentar o risco de câncer dos astronautas e prejudicar gravemente os dispositivos eletrônicos. Em 1962, os cinturões de Van Allen foram alterados pelos testes nucleares dos EUA no espaço o que provocou que vários satélites ficassem de imediato fora de serviço.


5. A Terra e a Lua distanciam-se:
Desde há vários milhões de anos que a Lua está se afastando da Terra a um ritmo lento, mas constante. Os cientistas calculam que a taxa de afastamento é de uns 3,8 centímetros ao ano, o que em longo prazo chegará a levar a Lua até uma distância crítica. No entanto, os astrônomos acham que dentro de 5 bilhões de anos, quando o Sol se converterá numa gigante e vermelha atmosfera em expansão, provocará que o processo se reverta. A Lua voltará a aproximar-se da Terra e acabará por se desintegrar ao superar o denominado limite de Roche (18.470 quilômetros sobre nosso planeta) explodindo em mil pedaços e formando um espetacular anel, como o de Saturno, ao redor da Terra.

6. Marés na atmosfera:
Ainda que o efeito seja quase inapreciável, uma variação de parcos 100 microbares, os cientistas comprovaram mediante detalhadas medições estatísticas que a força da Lua não só desloca os mares e a terra senão também a massa de ar que rodeia nosso planeta. Ainda que o movimento seja tão pequeno que mal supõe 0,01 por cento da pressão normal na superfície, o dado revela que o poder gravitacional da Lua é capaz de mudar muita coisa.


7. Um estranho "bamboleio":
O denominado "bamboleio de Chandler" é o único movimento da Terra para o qual ainda não existe uma explicação convincente. Descoberto em 1891 pelo astrônomo Seth Carlo Chandler, trata-se de uma variação irregular no eixo de rotação da Terra que provoca um deslocamento circular entre 3 e 15 metros ao ano nos pólos terrestres. Sobre este movimento foram lançadas todo tipo de teorias, inclusive que causa o movimento das placas tectônicas, terremotos e erupções. Ou ainda que detona fenômenos como "El Niño" ou o aquecimento global. Em julho do ano 2000, uma equipe de cientistas estadunidenses anunciou que a causa do bamboleio estava nas flutuações de pressões no fundo do oceano. Segundo esta teoria, este movimento no fundo dos mares mudaria a pressão exercida sobre a superfície terrestre, e provocaria o estranho bamboleio dos pólos. Suas teorias ficaram no ar após que entre janeiro e fevereiro de 2006 laboratórios de todo mundo comprovassem que o movimento tinha cessado por completo, numa anomalia que ainda não souberam explicar.

8. A Terra é um grande circuito elétrico:
Perfeitamente localizados a ambos lados do equador, a Terra dispõe de oito circuitos fechados de corrente elétrica que permitem a troca de carga entre a atmosfera e a superfície através de fluxos verticais. Em condições de bom tempo, os cientistas observaram um fluxo de carga positivo que se move desde a atmosfera para a Terra por causa da carga negativa de nosso planeta. Depois de anos de observação do comportamento das tormentas e as variações na ionosfera, a hipótese preferida hoje pelos cientistas é que este fluxo descendente de corrente positiva é contrária aos elétrons que são tranferidos à Terra durante as tormentas. Mesmo assim, ainda falta uma explicação plausível com relação a forma em que as variações na ionosfera afetam à formação de tormentas.


9. Toneladas de material cósmico caem a cada ano da atmosfera:
Segundo dados do space.com, a quantidade de pó cósmico que cai a cada ano na Terra supera as 30 mil toneladas. A maior parte deste material procede do cinturão de asteróides situado entre Marte e Júpiter. Os fragmentos provem dos constantes choques entre asteróides e são arrastados para o interior do sistema solar. Uma boa quantidade deles estão entrando permanentemente em nossa atmosfera.

10. Os pólos magnéticos da Terra mudam constantemente de lugar:
O campo magnético da Terra varia no curso de eras geológicas, é o que se denomina variação secular. Durante os últimos cinco milhões de anos efetuaram-se mais de vinte mudanças e a mais recente foi há 700 mil anos. Outras inversões ocorreram há aproximadamente 870 e 950 mil anos. Não se pode predizer quando ocorrerá a seguinte inversão porque a seqüência não é regular. Certas medições recentes mostram uma redução de 5% na intensidade do campo magnético nos últimos 100 anos. Mantido este ritmo, os campos voltaram a se inverter dentro de uns 2 mil anos.


Linha Do Tempo:
Um flash-back dos principais momentos da historia da astrônomia entre 1948 - 2007


1948-George Anthony Gamov formaliza a hipótese do big bang.
-Inauguração do telescopio Hale, em Monte Palomar, EUA.
-Descoberta da radiação X do sol por H.Friedman.
-Os soviéticos lançam o foguete R-1.

1951-Jan H. oort apresenta novas provas da estrutura em espiral da Via Láctea.

1952-Lançamento da primeira sonda espacial francesa, a Véronique.

1954-Descoberta da primeira radiogaláxia, Cygnus A.

1957-Os soviéticos põem em órbita o Sputnik 1, primeiro satélite artificial, e, a seguir o Sputnik 2, com a cadela Laika.

1958-Criação da agência espacial Nasa.

1959-Os soviéticos fazem as primeiras fotos da face da lua.

1960-Descoberta do primeiro quasar.

1961-O russo Yuri Gagarin é o primeiro homem no espaço.

1962-A sonda Mariner II sobrevoa pela primeira ver ouro planeta além da terra;Vênus

1963-Valentina Terechokva é a primeira mulher cosmonauta, a bordo da Vostok 6.

1965-A sonda Mariner IV sobrevoa Marte e fotografa numerosas crateras.
-Robert Winson e Arno Penzias descobrem o raio cosmólogico, mais uma comprovação do big bang.

1967- A sonda Venera 4 é o primeiro objeto terrestre a atingir a superfici de vênus.
-Detecção dos primeiros pulsares ( estrelas de nêutrons em rotação )

1969-Neil Armstrong e Edwin Aldrin são os primeiros homens a pisar na Lua.

1970-A sonda Venera 7 pousa no solo de Vênus e emite sinais durante 22 minutos.

1971-O primeiro indicio da exitência de um buraco negro, no centro da fonte de raios X Cygnus X1.
-Primeira estação orbital soviética Salyut 1.

1972-Lançamento ds sonda Pioneer 10 em direção a Júpiter. Ela carrega uma placa gravada com simbolos, destinada a eventuais seres vivos.

1973-Colocação em órbita da primeira estação espacial norte-americana, Skylab.

1975-Primeiras fotos tomadas a partir do solo de Vênus pelas sondas Venera 9 e Venera 10.

1976-A Viking 1 ( dos EUA ) é a primeira sonda a conseguir aterrisar suavemente em Marte.

1979-Surge a hipótese do universo inflacionário, de Alan Guth.

1981-Primeiro vôo da nave Columbia.

1982-Primeiro vôo do astronautas frânces Jean-Loup Chrétien. Ele efetuou um périplo de oito dias a bordo da Saliut 7.

1986-Esplosão da nave espacial Challenger. Sete astronautas morrem na explosão.
-Entrada em órbita da estaçãp espacial Mir, pelos soviéticos.
-Encontro de cinco sondas espaciais, dentre as iguais a sonda européia Giotto, com o cometa Halley.

1987-Descoberta, na grande Nuvem de Magalhães, de uma supernova, a mais brilhante observada desde 1604.

1989-Lançameto do satélite Cobe, por um foguete Delta, que catografa a radiação fóssil do universo.

1990-Colocado em óbita p Hubble, primeiro telescópio espacial.

1995-Uma nave espacial norte-americana se acopla a estação espacial soviética Mir.
-Descoberta do priemeiro exoplaneta, batizado 51 Pegasi, pelos astrônomos Michel Mayor e Didier Queloz.
-Colocada em órbita de júpiter a sonda Galileo.

1996-Explosão do lançador europeu Ariene V, no momento do seu vôo inaugural.

1997-Primeiro robô marciano, Sojourner.

1998-Primeira etapa da construção da estação espacial internacional com o módulo Zarya.

2001-Dennis Tito é o primeiro turista espacial.

2003-Catástrofe da nave espacial Columbia.
-Primeiro astronautas chinês no espaço.

2004-A sonda Voyager 1 sai do sistema solar.
-A sonda européia Huygens pousa com sucesso em titã, satélite de Saturno, e de lá fotografa o sol.

2006-Plutão perde seu status de planeta.

2007-Descoberta do primeiro exoplaneta "potencialmente habitável". do tipo terrestre.